encontrar alojamento para um jovem caloiro não é fácil. além da adaptação a uma vida académica que agora começa e da chegada a uma nova cidade, os estudantes têm ainda de enfrentar as dificuldades de encontrar uma casa que seja o seu lar, sem lhes levar toda a “mesada” ou correrem riscos com arrendamentos à margem da lei
“há mesmo, nas cidades com instituições de ensino superior, um grande e florescente negócio paralelo que explora as necessidades dos alunos através do arrendamento clandestino de quartos e apartamentos que, nem sempre têm as melhores condições”, afirma joaquim pereira de almeida director adjunto da revista imobiliária
no editorial da publicação, o responsável afirma que a falta de alternativa dos jovens leva-os a aceitar praticamente tudo o que aparece e alerta para a falta de residências universitárias e para o excesso de lotação das existentes
“há alguns anos, o então grupo amorim, através da sua componente imobiliária, promoveu diversos empreendimentos para universitários numa operação bem sucedida. só que não chega. está aqui um nicho de mercado que era bom estudar e desenvolver”, continua
e dá o exemplo do projecto desenvolvido pelo grupo santo, em coimbra (o mondego residence) que construiu um empreendimento de 215 apartamentos e agora lançou a campanha “adeus senhorio” que promove a compra das habitações
“é evidente que este negócio é sensível pois implica, grande parte das vezes, a compra da fracção, um esforço que por vezes é superior às capacidades financeiras das famílias dos jovens estudantes” reconhece pereira de almeida que lança um desafio. “os promotores devem, por isso, ter noção do que se está a pedir no mercado paralelo e equacionar bem os valores em jogo”
Artigo visto em
Para poder comentar deves entrar na tua conta