a tap, a british airways, a air france, a lufthansa e a ryanair prevêem cancelar amanhã mais de 300 voos para portugal, devido à greve geral que levou os controladores aéreos a anunciar apenas a garantia dos serviços mínimos. já em terra, o metro e os autocarros da carris (lisboa) e dos stcp (porto) avisaram que os serviços mínimos podem não estar garantidos. também a transtejo poderá não funcionar se houver uma adesão em massa dos trabalhadores. a factura da greve pode ultrapassar os 500 milhões de euros
as contas são do diário de notícias (dn) que estima que uma adesão de 85% custaria 519,6 milhões de euros ao país. o dn dividiu o valor do pib - que deverá este ano situar-se em 172,687 mil milhões de euros - pelos 226 dias úteis que se obtêm subtraindo aos 365 dias do ano as férias (25 dias), os dias de descanso semanal (104) e os feriados (10)
dos 764.101.770 euros obtidos, apenas se considera 80%, tendo em conta as ausências ao trabalho que se verificariam independentemente da realização da greve. o resultado seria um prejuízo de 611.281.416 euros, caso a adesão fosse total. já se a participação dos trabalhadores na paralisação de amanhã ficar nos 85% (valor registado pelos sindicatos na última greve geral de 1988) as perdas geradas serão de 519.589.204 euros
a fazer outras contas à vida estão cerca de 1,5 milhões de pessoas que trabalham em lisboa e que, segundo o jornal de negócios, vão ficar sem transporte devido à paralisação prevista
este número corresponde à soma da média diária de passageiros da carris (600 mil), metropolitano de lisboa (500 mil) e transtejo e soflusa (94 mil), aos quais se juntam ainda os 250 mil utentes da cp que usam as linhas da região de lisboa e os cerca de três mil passageiros da tap. no resto do país haverá ainda centenas de milhares de pessoas afectadas pela paralisação dos transportes públicos
o diário económico avança que a inexistência de serviços mínimos em alguns transportes públicos, como metro de lisboa, da transtejo e dos autocarros da carris (lisboa) e stcp (porto), vai lançar o caos num dia em que os sindicatos prevêem a maior adesão à greve de sempre
ainda assim, o diário afirma que não se prevê que o governo recorra à figura da "requisição civil", um instrumento excepcional que pode ser utilizado em caso de perturbações graves no funcionamento de serviços básicos, nomeadamente quando não são cumpridos serviços mínimos (mas que nunca foi accionado em cenário de greve geral)
segundo o expresso.pt, a greve geral de quarta-feira deverá ainda levar ao cancelamento de mais de 550 voos de e para portugal, caso os controladores aéreos cumpram apenas os serviços mínimos acertados com a nav (navegação aérea de portugal), ou seja dois voos para a madeira e três para os açores
só a tap prevê cancelar mais de 250 voos, disse à agência lusa fonte oficial da companhia, cujos serviços mínimos decididos em sede de arbitragem são até mais curtos do que os dos controladores aéreos. os serviços mínimos para a tap, ana, groundforce e portway resumem-se a um voo do continente para a madeira e outro para os açores (bem como os voos de volta)
apenas no comércio parece não haver perspecticas de uma grande adesão à paralização geral. segundo o i online, supermercados, hipermercados e centros comerciais não vão fechar portas. a cgtp acredita que haveria condições para uma mobilização de "70 ou 80% se 30% destes trabalhadores não tivessem contratos precários"
2 Comentários:
Os protestos são positivos E O POVO PODE E DEVE MANIFESTAR-SE MAS, neste caso, acho que despertou tarde demais. agora é hora de trabalhar para sair da crise, para pôr comida na mesa, para remar em equipa para um futuro melhor para os nossos filhos. VÃO ÀS URNAS E MOSTREM A VOSSA INDIGNAÇÃO. PARALIZAR O PAÍS, NESTA FASE, NÃO CREIO QUE SEJA A COISA MAIS ACERTADA
MAIS VALE TARDE QUE NUNCA!
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