
com o chumbo do pec 4 no parlamento, josé sócrates foi a belém apersentar a demissão. o primeiro-ministro, ainda em funcções aponta o dedo à oposição responsabilizando-a pela crise política do país e afirmando que a mesma coloca portugal numa situação económica ainda mais grave. a imprensa internacional de hoje dá conta disso mesmo, e anuncia que o resgate financeiro está mais próximo
o financial times (ft) volta a abrir a sua edição da europa com a situação em portugal, afirmando que "a crise política aumenta a possibilidade de um resgate" internacional, criando um potencial "vácuo político que complicaria as negociações sobre o pacote de apoio", cita o diário económico. o jornal cita vários analistas que consideram inevitável o resgate que pode surgir já "nos próximos dias"
o diário the guardian remete o assunto para as páginas de economia, referindo que o resgate "está mais próximo depois de josé sócrates perder voto crucial" na assembleia da república
ontem, classificando a crise como "desnecessária, evitável e inoportuna", no pior momento para o país, josé sócrates, culpou os cinco partidos da oposição pondo-lhes o rótulo de “coligação negativa”, e lamentou que nenhuma força política tenha estado disponível para a negociação do pec, acusando-as de nunca terem querido comprometer-se com a governação
o demissionário primeiro-ministro repetiu ainda várias vezes ao longo da intervenção de cerca oito minutos, que o seu principal combate estes meses foi sempre "pelo interesse nacional, protegendo o país de um programa de ajuda externa". e acrescentou que o fmi "propõe medidas muito mais duras de austeridade" do que aquelas que o pec 4 previa para o país, cita o público
na mesma comunicação ao país, sócrates deixou claro que seguirá na luta política, deixando antever que se vai recandidatar e que continuará à frente do partido socialista
Para poder comentar deves entrar na tua conta