
O presidente do CECODHAS.P-Comité Português de Coordenação da Habitação Social considera que “não há falta de habitação, mas de atribuição”. Segundo João Carvalhosa, que falava num debate público sobre a estratégia nacional para a habitação – decorreu no Instituto da Construção e do Imobiliário, em Lisboa –, é de lamentar a inexistência de uma base de dados que cruze informação sobre pessoas com várias casas sociais. “[Se uma pessoa] pedir uma casa a vários municípios, arrisca-se a ficar com cinco casas”, justificou.
Segundo o responsável, é urgente haver um enquadramento legal específico para acabar com os regulamentos dispersos e de “orientação para o arrendamento privado”. João Carvalhosa adiantou, de resto, que a taxa de mobilidade (número de fogos vagos que podem ser atribuídos anualmente) em Lisboa ronda os 2,5% enquanto noutras cidades europeias é “superior a 10%”.
Citado pelo Jornal de Notícias, o líder do Comité Português de Coordenação da Habitação Social revelou que aguarda “há três anos” por um parecer da Comissão de Proteção de Dados relativo a uma proposta para um sistema de cruzamento de dados. Um programa que custaria dez mil euros, financiados pelo Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU). “[Com esse sistema] apanhávamos largas centenas de casas com os mesmos titulares em diversos locais”, salientou.
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