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As casas na ilha de Faro que são clandestinas, considerada a zona mais vulnerável das ilhas-barreira da ria Formosa, vão ser demolidas, o que deve acontecer – de forma faseada – no início de 2015. Um dos proprietários atingidos (indiretamente) é o presidente da câmara, Rogério Bacalhau, já que a casa onde passa ferias, e que pertence ao sogro, recebeu ordem para ser desocupada até 28 de novembro. 

Segundo o Público, nesta fase está prevista a demolição de 120 habitações, mas a área central do aglomerado da ilha – desafetada do Domínio Público Marítimo para a câmara em 1956 – não será tocada pelo camartelo. As casas dos pescadores estão também sinalizadas para que venham a ser derrubadas, mas só numa segunda fase, quando houver alternativa de realojamento.

As demolições das casas de segunda habitação nas ilhas-barreira da ria Formosa estão previstas desde 2005, data em que o Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) entrou em vigor. Mas os ciclos eleitorais e a falta de dinheiro impediram a concretização do plano. Este ano, o processo ganhou “nova vida” quando a Comissão Europeia discutiu as implicações na segurança da vida das pessoas e bens que vivem na faixa marítima.

O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, aproveitou a onda da discussão das alterações do clima e do consequente aumento do nível do mar para procurar fazer da ilha de Faro um caso emblemático dos projetos de reordenamento e requalificação que se pretendem desenvolver na costa portuguesa. 

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