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Bancos têm quase 21 mil imóveis à venda. Mais de metade não são casas
idealista/news

Os maiores bancos a operar em Portugal têm quase 21 mil imóveis no balanço, sendo que destes mais de metade não são habitacionais. Em causa estão sobretudo lojas, escritórios e garagens, o que justifica o aumento expressivo do valor dos ativos que os bancos têm em carteira. Uma ideia, de resto, que o idealista/news já tinha constatado durante o Salão Imobiliário de Portugal (SIL).

De acordo com o Jornal de Negócios, que se apoia nos dados que constam nos sites de 11 bancos, estes têm em carteira 20.949 imóveis, apenas 40,7% são para habitação. “Uma grande parte do 'stock' de imóveis habitacionais do setor financeiro já foi devolvida ao mercado”, disse Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP). Os imóveis não residenciais representam, então, 59,3% dos ativos detidos pela banca.

“No que concerne ao mercado não habitacional, os ativos do setor financeiro continuam a ter um papel muito importante no mercado. A banca continua a ter em 'stock' muitas lojas, escritórios e terrenos e, destes, grande parte estão em zonas consideradas urbanas que provavelmente deveriam ser desclassificadas”, disse o responsável, citado pela publicação.

De referir que os cinco maiores bancos nacionais tinham, no final do primeiro semestre, mais de 7,2 mil milhões de euros em imóveis nos seus balanços, mais 522 milhões que no período homólogo.

“Esta tendência justifica-se, por um lado, pela tomada de posse de empreendimentos cujos valores estão acima da média e, por outro lado, pela entrada de imóveis não residenciais (armazéns, instalações industriais, terrenos) de elevado valor”, referiu Ricardo Sousa, administrador da Century 21 Portugal.  

Já Miguel Poisson, diretor-geral da ERA, adiantou que a banca tem “cada vez mais imóveis não residenciais para venda” e que, em alguns bancos “representam mais de 70% do total dos imóveis” em “stock”. “Os imóveis não residenciais são os de venda mais difícil porque estão diretamente ligados ao nível de investimento que existe atualmente na economia portuguesa, que é ainda baixo”, frisou.

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