A Câmara Municipal de Lisboa (CML) anulou o leilão de oito apartamentos reabilitados na zona da Ajuda, por incumprimento dos princípios do Programa Renda Acessível (PRA), alegando que as regras não respeitavam o interesse público. Os ex-futuros inquilinos estão indignados e vão agora processar a autarquia.
Rita Castaño, uma das oito vencedoras do leilão anulado, soube que afinal não teria direito à casa que arrematou em leilão. Citada pelo Diário de Notícias, a psicóloga organizacional garantiu agora que vai, juntamente com pelo menos mais cinco candidatos, “contratar um advogado e entrar com uma ação judicial”. Alegam que a câmara cedeu à pressão mediática para anular o concurso.
Uma posição, de resto, defendida por Fernando Crivellaro. O engenheiro, que arrematou outro dos imóveis, já tinha avisado o senhorio da sua habitação que iria mudar de casa no final do mês e até já tinha agendado reuniões com uma IPSS na zona da Ajuda para inscrever a filha de dois anos, dando a morada da suposta casa nova.
“Pagámos uma caução de 1.750 euros e mais duas rendas adiantadas, já depois de uma garantia inicial de 500 euros. Após as primeiras notícias a SRU garantiu-nos que os contratos iam ser assinados. Tínhamos tudo organizado. Agora estamos numa situação muito difícil”, disse Fernando Crivellaro.
1 Comentários:
Segundo o regulamento, a caução e as duas rendas adiantadas só seriam pagas no ato de assinatura do contrato que não chegou a ocorrer. Devem lutar pelos vossos direitos, mas atenção no que divulgam para a imprensa que não corresponde à verdade.
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