
Manuel Graça Dias nasceu em Lisboa e licenciou-se em arquitetura em 1977, pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Morreu este domingo (24 de março de 2019), deixando para trás um conjunto de obras arquitetónicas de referência nacional e internacional. Hoje recordamos as mais emblemáticas.
Foi assistente da Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa (1985-1996) e professor auxiliar da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (1997-2015). Era atualmente professor associado da mesma faculdade e professor catedrático convidado do Departamento de Arquitetura da Universidade Autónoma de Lisboa, desde 1998, que também dirigiu, entre 2000 e 2004, segundo relata a Lusa.

Em 1990, criou o ateliê Contemporânea, com Egas José Vieira – com quem trabalhou quase toda a sua vida. Juntos propuseram, por exemplo, uma nova abordagem ao novo edifício do Teatro Luís de Camões, inaugurado em 1880, e que foi reaberto a 1 de junho do ano passado, com a designação de LU.CA. O teatro, localizado no centro da capital, foi requalificado e agora tem uma programação artística especialmente dedicada às crianças e jovens.

É co-autor de obras como o Teatro Municipal de Almada (2005), a sede da Associação dos Arquitetos Portugueses (1991), em Lisboa, ou a Escola de Música, Artes e Ofícios de Chaves (2004-2008).


Alcançou ainda o primeiro lugar no concurso para o Pavilhão de Portugal na Expo'92 em Sevilha, no sul de Espanha, e também o primeiro lugar no concurso para a construção da nova sede da Ordem dos Arquitetos, nos antigos Banhos de S. Paulo, ambos com Egas José Vieira.

Manuel Graça Dias também foi coautor do "Estudo de Reconversão Urbana do Estaleiro da Lisnave", em Cacilhas, no concelho de Almada.
Em 2006, foi agraciado, pelo então Presidente da República Portuguesa, Jorge Sampaio, com a Ordem do Infante D. Henrique (grau comendador).
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