
A Câmara de Lisboa aprovou, esta quarta-feira, uma proposta dos vereadores do PSD para estudar a reconversão em habitações dos "espaços não habitacionais" dos bairros municipais, destinados normalmente a comércio e atividades sociais e culturais. O presidente da autarquia, Fernando Medina, reconheceu que se trata de uma medida construtiva, defendendo reaquacionar o uso destes espaços, num momento em que a oferta de habitação na capital é uma preocupação.
Teresa Leal Coelho, autora da proposta do PSD, argumenta que - nos 66 bairros geridos pela empresa municipal Gebalis - existem cerca de 1.300 espaços não habitacionais, na maior parte dos casos situados no rés-do-chão, que podem ser usados para dinamização dos bairros, como espaços de comércio e associações. Isto não acontece "na esmagadora maioria" dos casos, estando devolutos ou indevidamente ocupados, segundo aponta a social-democrata, citada pela Lusa.
Ao mesmo tempo, as necessidades habitacionais são muitas, com o PSD a contabilizar 4.500 pedidos de casa nos bairros municipais, existindo casos de pessoas que reclamam um piso térreo por se encontrarem numa situação de mobilidade reduzida, por velhice ou deficiência, destaca a eleita social-democrata.
Por seu lado, a vereadora Floresbela Pinto, que esta quarta-feira substituiu a vereadora da Habitação, Paula Marques (Cidadãos por Lisboa, eleita pelo PS) declarou que foi já realizado um levantamento, que concluiu existirem 5% de espaços não atribuídos, rejeitando que sejam a maioria dos espaços, conforme o que o PSD alegou.
De acordo com a vereadora, nesse levantamento concluiu-se que a maior parte destes espaços não tinha condições de habitabilidade, acrescentando ainda que "o município em tempos idos já tinha realizado soluções deste género que não correram bem".
Mas Medina diz que faz sentido voltar a olhar para estes espaços.
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