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Metade das candidaturas ao Porta 65 reprovadas – a “culpa” é do desfasamento de preços
Photo by Matese Fields on Unsplash

Metade das candidaturas ao programa de apoio ao arrendamento jovem Porta 65 foram recusadas nos primeiros dois concursos do ano passado. Foram “chumbadas” 7.535 candidaturas, de um total de 15.147 submetidas, ou seja, 49,7%. Em causa estará o desfasamento dos valores de rendas máximos admitidos por concelho (e por tipologia), que em alguns casos estão 86% abaixo do valor médio.

Um jovem que queira arrendar um T1 com ajuda do Porta 65 precisa de encontrar uma habitação até 463 euros no Porto ou 575 euros em Lisboa. Segundo as contas do Jornal de Notícias, atualmente as rendas de um T1 custam, em média, 1.007,5 euros em Lisboa e 702 euros no Porto, o que quer dizer que os máximos estabelecidos pelo programa estão muito longe dos valores de mercado.

Na periferia das cidades acontece o mesmo. O jornal dá o exemplo de uma família que necessite de encontrar um T3: no Porto, os 892,5 euros de mercado superam os 575 euros de teto máximo e, em Lisboa, os 1.302 euros de mercado ficaram 74% acima dos 748 fixados pelo programa. A diferença é ainda maior se olharmos para os T5 em Lisboa, que não se encontram por 860 euros (como estipula o Porta 65), mas apenas a 1.599 euros.

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