Em 2018, o autarca fez um contrato com a empresa dos pais e irmãos de uma ex-vereadora, sua actual chefe de gabinete, para uma obra acabada em 2015.
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O presidente da Câmara Municipal de Penamacor, António Breites, terá adjudicado uma obra de quase 150 mil euros em 2018, três anos depois de a mesma ter sido acabada. A empresa contratada tem ligações familiares à ex-vereadora que, meses antes, tinha renunciado ao mandato por ter sido judicialmente confrontada com a ilegalidade de outras adjudicações municipais a familiares.

Em causa está a pavimentação do acesso à Reserva Natural da Serra da Malcata, no distrito de Castelo Branco. Trata-se de uma obra feita no início de 2015, cuja conclusão chegou a ser noticiada no Boletim Municipal do primeiro semestre desse ano, segundo a notícia avançada pelo Público. Apesar disso, e nos três anos seguintes, não houve registo da referida intervenção no portal dos contratos públicos (Base.gov) – isto é, não foi registado nenhum contrato celebrado pelo município tendo em vista a sua execução, o que quer dizer que a obra foi realizada ilegalmente.

Só em março de 2018, segundo o jornal, é que foi publicado um contrato para adjudicação da obra, por ajuste direto, no qual o autarca assinou inclusivamente um despacho para nomear dois técnicos do município para fiscalizarem a obra, acabada há já três anos. A empresa contratada, António J. Cruchinho & Filhos, pertence aos pais e irmãos da ex-vereadora, Ilídia Cruchinho, que fez dezenas de contratos com a empresa desde 2001, até renunciar ao mandato. Desde então que é chefe de gabinete de António Breites.

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