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Preços da habitação pública disparam em Singapura
Photo by julianto saputra on Unsplash

O preço da habitação pública em Singapura, onde vive mais de 80% da população da cidade-Estado, disparou nos últimos tempos, sendo que 23 apartamentos revendidos subsidiados pelo governo foram comprados, em fevereiro, por 743.000 dólares (624.000 euros), um novo recorde mensal, segundo dados do portal imobiliário SRX Property, citados pela Bloomberg. 

Segundo a agência, foram transacionados 36 imóveis por valores idênticos nos dois primeiros meses do ano, o que representa um aumento de 350% em relação ao período homólogo.

O modelo de construção de habitação social levado a cabo pelo governo de Singapura tem poucas semelhanças com o existente noutros países do mundo, estando os apartamentos, por exemplo, localizados nas zonas mais caras.  

Como funciona? O Estado é o maior promotor habitacional do país, com mais de 80% da população a residir em apartamentos públicos, e a maioria decide tornar-se proprietária dos mesmos, com ajudas recebidas por parte do Fundo de Previdência Central (CPF, em inglês). A questão é que estes proprietários podem vender as suas casas passados cinco anos desde que a compraram.

“A taxa de lucro da habitação pública pode ser transferida para a habitação privada, setor para o qual o governo já aplicou medidas de resfriamento em 2018 e pode fazê-lo novamente”, disse Nicholas Mak, chefe de pesquisa e consultoria da APAC Realty, de Singapura. “Todos os alertas dados pelo Governo foram direcionados à habitação privada, quando os preços dos apartamentos de uso público estão a subir cada vez mais”, acrescentou.

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