Um nicho de mercado que ganhou impulso com a pandemia. Há quem chegue a receber 5.000 euros por três rodagens por mês.
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Arrendar a casa à Netflix ou HBO? É o negócio da moda
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O consumo de conteúdo audiovisual disparou com a pandemia e está a alimentar outros negócios. Arrendar a casa para a gravação de séries e filmes de plataformas como a Netflix, HBO ou Amazon Prime é um deles, com cada vez mais pessoas e profissionais a colocarem a sua habitação ao serviço do negócio. A este mercado juntam-se outros, como o da publicidade e videoclipes.

Segundo a notícia do El País, as produtoras procuram todos os tipos de residências, desde as clássicas urbanas, minimalistas ou retro, até às casas de praia, coloniais ou antiquadas. Tanto melhor se tiverem um terraço ou jardim.

“Tudo depende da história que vai ser contada. Mas queremos que tudo pareça muito real para evitar a construção ou a manufatura”, diz Kike Gutiérrez del Álamo, um localizador de exteriores para produções como ’30 monedas’, citado pelo jornal. “É muito importante que a casa tenha uma sala espaçosa e bons acessos para equipamentos e logística”, acrescenta.

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Ariana Ochoa, responsável de marcas na Mediapost e proprietária da ‘Casona de Monterrey’, em Madrid, conta ao El País que colocou a sua residência habitual na plataforma VenuesPlace para arrendar e que recebe na ordem dos 1.500 euros por dia. Um “bónus” que lhe permite investir na reabilitação e manutenção da casa. Uma prática também utilizada por um gestor da área da saúde, que prefere o anonimato. “No verão as produções aumentam e é uma forma de aproveitar a casa”, diz ao El País.

Mas existem mais incentivos. Maribel Neiras, diretora de uma franquia da Marco Aldany, conta que, além do dinheiro, há a satisfação de ver a casa na televisão. No seu caso, registou a casa no marketplace Kuarere, onde produtoras e particulares se conectam para acordar as condições dos contratos.

“Negociámos viver aqui durante a gravação e exigimos fiança por qualquer dano”, afirma. Garante que "nunca houve problemas" e explica que recorrem a esta possibilidade de rendimento extra na primavera e verão. "Aceitamos três rodagens por mês, o que significa um rendimento de 5.000 euros."

Marta é fotógrafa e arrenda a sua casa de San Juan, em Madrid, onde foi rodada parte da série ‘La que se avecina’ ou o filme ‘The Rhythm Section’. “Prefiro a publicidade, porque no set há muito equipamento e movimento”, diz ao El País, embora confesse que é “divertido ver a atriz Blake Lively ou o jogador de basquete Sterling Brown na sua sala”.

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