Proprietário do Horto da Boavista esclareceu que o "contrato de arrendamento não foi renovado" por vontade do senhorio.
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Horto da Boavista no Porto
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Lusa
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O proprietário do Horto da Boavista, no Porto, afirmou que o espaço fechou portas a 30 de maio, depois do contrato de arrendamento "não ter sido renovado" e ter sido informado que lá tencionam construir "habitação privada".

Em declarações à agência Lusa, Jorge Santos, proprietário do Horto da Boavista, esclareceu que o "contrato de arrendamento não foi renovado", por vontade do senhorio, e que, naquele local, situado na Avenida da Boavista e nas proximidades do Parque da Cidade, tencionam construir "habitação privada".

"Aquilo está situado numa zona nobre da cidade, numa zona cara onde há poder de compra", observou o proprietário, dizendo que lá não vai nascer "com certeza" um café ou salão de chá. 

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Jorge Santos, que há oito anos se tornou tornou proprietário daquele espaço, existente na cidade e "ponto de encontro de tanta gente há pelo menos 20 ou 25 anos", salientou que, neste momento, "não há volta a dar", até porque a "rentabilidade" do mercado imobiliário é diferente de um negócio que "vende plantas a dois euros". 

Sem "volta a dar", as portas do horto fecharam-se a 30 de maio e, desde então, Jorge Santos tem estado à procura de outro espaço na cidade onde possa voltar a instalar as suas plantas. 

No lugar do horto vai nascer um projeto residencial: "betão falou mais alto"

"Estamos à procura de um novo espaço, mas está a ser difícil, porque não há espaços e os que há são a preços incomportáveis", afirmou, dizendo já ter procurado "ajuda" junto de algumas entidades, mas que não encontrou "recetividade".

"Na impossibilidade de arranjarmos um sítio para ir, a cidade não tem horto nenhum", lamentou. E acrescentou, "o betão falou mais alto".

O terreno onde está inserido o horto encontra-se já como "reservado" no site da imobiliária Remax. Contactada pela Lusa, fonte desta imobiliária encaminhou para a consultora Predibisa, segundo a qual naquele local está prevista a construção de um "projeto residencial" e que o processo é "confidencial". 

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