A volatilidade e a incerteza instalaram-se no mercado residencial europeu na pandemia. Depois de um choque na venda de habitações em 2020 na maioria dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE), em 2021 o mercado voltou a aquecer. Mas em 2022 chegou a guerra na Ucrânia que veio baralhar os negócios. O poder de compra foi pressionado pela alta inflação e pela subida de juros no crédito habitação de tal forma, que o número de casas vendidas caiu em 10 países europeus, com a Dinamarca a registar a maior queda (-31,6%). Já em Portugal, registou-se uma forte desaceleração da venda de casas em 2022.
“Em 2022, o número de transações de habitação, face a 2021, diminuiu na maioria dos 16 países da UE com dados disponíveis. Essa diminuição ocorre após um aumento em quase todos os países em 2021 em comparação com 2020”, conclui o Eurostat numa nota publicada esta quinta-feira, dia 13 de julho.
A maior queda na venda de casas foi observada na Dinamarca, onde foram transacionadas menos 31,6% habitações em 2022 do que no ano anterior. Também na Finlândia (-16,6%), Holanda (-16,2%) e Luxemburgo (-15,1%) verificam-se diminuições expressivas na transação de habitações entre estes dois momentos.
Casas vendidas desaceleram em 2022 em Portugal (e não só)
Em vários países registou-se uma forte desaceleração da venda de casas em 2022 face a 2021. Como foi o caso da Irlanda, onde se venderam mais 7,7% de habitações, contra o aumento registado no ano anterior superior a 20%. Em Espanha, a venda de casas subiu 6,0% em termos homólogos durante o ano passado, um aumento bem inferior ao observado um ano antes (+39,3%), revelam os dados.
Portugal entra no grupo de países onde se verificou uma forte desaceleração da venda de casas. Em 2021, foram transacionadas no nosso país quase mais 20% de habitações do que no ano anterior. Mas em 2022 este aumento anual foi bem menos expressivo, de 2,7%. Ainda assim, este pequeno aumento foi o suficiente para bater recordes: o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que que foram transacionadas 167.900 habitações em Portugal durante 2022, o número mais elevado de sempre. Já nos primeiros três meses de 2023, verificou-se uma descida na venda de casas na ordem dos 21%, evidenciando-se os efeitos da subida dos juros e da alta inflação nas decisões de compra de casa.
Voltando ao contexto europeu, verifica-se que só no Chipre é que foi observada uma evolução da venda de habitações mais positiva em 2022 (+27,4%) do que no ano anterior (+17,2%), mostram ainda os dados do gabinete de estatística europeu.
Venda de casas cai na Grande Lisboa e atinge mínimo de 2016
A venda de casas em Portugal está a arrefecer trimestre após trimestre. E essa tendência é visível um pouco por todo o país, já que o número de transações caiu em todas as regiões nos primeiros três meses de 2023 face ao período homólogo. Foi mesmo na Grande Lisboa onde esta queda foi mais expressiva (28%), tendo mesmo registado o número de casas vendidas mais baixo desde o quarto trimestre de 2016, excluindo o segundo trimestre de 2020 especialmente impactado pela pandemia.
Venda de casas cai 21% no início de 2023 - e preços desaceleram
Os efeitos da subida dos juros e da inflação já começam a ser bem visíveis no mercado residencial português. A venda de casas em Portugal voltou a cair no arranque deste ano, registando uma descida homóloga de 20,8%. Esta foi a terceira vez consecutiva que o Instituto Nacional de Estatística (INE) regista uma queda na transação de casas, que se tem vindo a acentuar. Em resultado, os preços das casas também desaceleraram entre janeiro e março, tendo aumentado 8,7%, menos 2,6 pontos p
Juros, inflação e Mais Habitação: qual o impacto na venda de casas?
Somam-se cada vez mais desafios aos negócios imobiliários. Primeiro a pandemia, depois a alta inflação e a subida dos juros no crédito habitação. E, mais recentemente, a crise financeira decorrente da falência dos bancos nos EUA, a que acresce o polémico Mais Habitação, que muito tem inquietado o mercado. Mesmo perante este cenário, o setor imobiliário tem resistido de boa saúde: as expectativas de negócios das casas estão em alta para 2023. Mas é verdade que a procura vai-
Venda de casas em Portugal atinge recorde em 2022 apesar da inflação
Nada parece travar o negócio das casas em Portugal. Mesmo num contexto de instabilidade económica, alta inflação e de subida dos juros no crédito habitação, o mercado residencial somou recordes em 2022. Quem o diz é o próprio Instituto Nacional de Estatística (INE) revelando que foram transacionadas 167.900 habitações em Portugal durante o ano passado, o que constitui o registo mais elevado de sempre. E também os preços das casas subiram 12,6% em 2022, “a taxa de variação
Aumento dos juros na Zona Euro: riscos “são agora maiores”, diz Medina
O ministro das Finanças, Fernando Medina, alertou que os riscos a nível europeu decorrentes de novos aumentos das taxas de juro pelo BCE “são agora maiores”, tendo pedido uma análise cuidada, numa entrevista divulgada esta quarta-feira, 12 de julho de 2023.
Euribor estará acima de 3% até 2025 – e preço das casas vai cair
A instabilidade continua a pairar sobre o mercado imobiliário. Mas há quem arrisque a fazer as suas previsões quanto ao futuro. O Bankinter assume que a Euribor a 12 meses vai continuar em alta e acima de 3% durante, pelo menos, três anos. E prevê ainda que vai haver uma correção moderada nos preços das casas em Portugal, bem como em outros países.
Campus da Caparica ganha residência universitária da NOVA FCT em 2026
A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa assinou um contrato para a construção de uma nova residência universitária no Campus da Caparica, em Almada, que deverá estar pronta em junho de 2026. Segundo a faculdade, a NOVA FCT Student Residence Hall será a primeira de duas novas residências, ficando a instituição com um total de 614 camas no final de 2026.
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