Erosão costeira é problema. Além das casas, está prevista a demolição de mais de meia centena de anexos e sete restaurantes.
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Casas em risco de ruir
Cedovém, Esposende Google Maps

O avanço do mar e consequente erosão costeira está a colocar imóveis em risco no distrito de Braga. E, por isso mesmo, a Câmara Municipal de Esposende vai avançar com o projeto de execução para demolição das construções em risco em Cedovém. O aval do novo Governo para o projeto de demolição destes imóveis já foi dado, estando prevista a sua conclusão até dezembro deste ano, foi revelado esta quarta-feira, dia 12 de junho. Em causa está a demolição de 89 habitações, mais 50 anexos e sete restaurantes.

“O que ficou definido foi dividir em duas fases. A primeira fase - demolições e reabilitação urbana; a segunda fase - reperfilamento e renaturalização”, adiantou, em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira.

O autarca daquele município do distrito de Braga esteve reunido durante a tarde com o Secretário de Estado do Ambiente e da Energia, Emídio Sousa, que no período da manhã tinha já acompanhado os trabalhos de demolição de um bar de praia, na Apúlia, e visitado alguns dos locais em risco devido à erosão costeira, entre eles a zona de Cedovém/Pedrinhas para onde está prevista, no âmbito do Programa da Orla Costeira Caminha-Espinho (POC-CE), a demolição de 89 habitações, mais de meia centena de anexos e sete restaurantes.

Benjamim Pereira adiantou ainda que na próxima semana terá uma reunião com a equipa projetista para avançar com o projeto de execução da primeira fase que prevê a demolição de integral de todas as construções existem em Cedovém.

“Mau era se [até ao final do ano] o projeto de execução não estivesse pronto. Isto é para andar muito rápido, não podemos ficar até ao final do ano. Eu estou mesmo com receio que, no próximo inverno, tenhamos ali um problema muito grave de edificações a serem levadas pelo mar”, alertou, classificando o avanço do mar na costa como “verdadeiramente assustador".

Em paralelo, será ainda desenvolvido pelos serviços jurídicos uma avaliação das diferentes situações para apurar direitos indemnizatórios.“Há duas vertentes: quem comprovar algum tipo de propriedade terá obviamente uma indemnização direta, quem não tiver pode ter [direito a uma compensação] pelas benfeitorias do imóvel”, detalhou o autarca, que admitiu que este esforço de compensação tem de ser assumido “entre o Estado português e o município”.

No caso das Pedrinhas, que avançará em fase posterior, Benjamim Pereira deixa claro que não haverá habitação própria naquele local, apenas as casas-barco, devido ao seu valor arquitetónico, serão preservadas.

*Com Lusa

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