O projeto de Renda Acessível para o Alto do Restelo, em Lisboa, será finalmente votado em abril, após anos de avanços e recuos. O empreendimento prevê a construção de 389 fogos a custos controlados, integrados num conjunto de edifícios de quatro a sete andares e com um corredor verde.
A decisão de levar o projeto a votação surge após a vereação ter aprovado, em fevereiro, um voto de repúdio apresentado pelo PS, avança o Público. O documento, apoiado pelo PCP, BE, Livre e Cidadãos por Lisboa, condena o que considera ser uma inércia da coligação Novos Tempos (liderada por Moedas) na execução de políticas municipais de habitação. A oposição destaca a necessidade urgente de novas soluções habitacionais para a classe média, especialmente numa altura em que os preços da habitação continuam a subir na capital.
Segundo a Câmara, a versão final do projeto responde às preocupações levantadas durante a segunda consulta pública e mantém os princípios de intervenção definidos anteriormente. O loteamento incluirá cinco edifícios residenciais, espaços comerciais, uma creche com capacidade para 84 crianças e um centro de dia para 60 utentes. Haverá ainda uma rede de espaços pedonais e áreas verdes, criando ligações ao Parque de Monsanto e ao Parque Moinhos de Santana.
O projeto sofreu diversas alterações desde a sua conceção original em 2021, quando previa 629 fogos distribuídos por 11 prédios, alguns com até 15 andares. Devido às críticas da população, nomeadamente sobre a volumetria excessiva, houve sucessivas reduções no número de habitações e na altura dos edifícios. A última versão do plano prevê agora 389 fogos, significativamente abaixo da proposta inicial.
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