
Carlos Ferrer-Bonsoms, director da àrea residencial espanhola da consultora imobiliária Jones Lang Lasalle, afirma sem dúvidas que para vender uma casa hoje em dia é necessário baixar o preço. Em entrevista ao idealista news, o especialista também fala sobre a melhor forma de apoiar as entidades financeiras com muitas casas em carteira e da sua visão do mercado imobiliário actual.
Pergunta: ¿Como vê o sector imobiliário espanhol de hoje, relativamente ao ano passado?
Resposta: O ano passado foi horrível, este ano não será porque algumas coisas já estão a melhorar. subiu o número de transacções porque os preços foram baixando e as entidades financeiras têm cada vez mais protagonismo, o que se traduz numa quebra de preços e nos financiamentos. A vantagem de ser o banco a vender as casas é evidente. Primeiro porque a instituição financeira não é imobiliária, pelo que o o obejctivo não está tão direccionado para ganhar dinheiro, antes preferem soluções que lhes façam perder o menos possível. E segundo, pelas provisões do banco de espanha: quanto mais rápido se escoarem os imóveis, melhor
P: Acha que o preço da habitação em Espanha já tocou no fundo, como tem sido afirmado por alguns especialistas?
R: Continuamos a caminho do equilíbrio. é muito complicado falar de percentagens. Em relação aos preços da primavera de 2007, e comparado com os preços reais das transacções actuais,observamos que o diferencial percentual está entre os 30% e os 40% porque há muita negociação. Quando um imóvel está à venda hà um ano ou ano e meio conseguem-se descontos importantes, na realidade, as transacções que estamos a fazer não têm nada a ver com o que se pede, observámos que há um diferencial médio de 20%. Se queres vender, baixa o preço. Teremos de esperar muitos anos até que os valores atinjam novamente os registados em 2006 e 2007.
P: ¿Então actualmente não é um bom momento para comprar?
R: Depende. Para quem arrende apartamento será sempre um bom momento desde que a prestação não represente um esforço maior que a renda que está a pagar e o apartamento escolhido não signifique uma perda de qualidade de vida.
P: ¿O que esperão para 2011?
R: Vamos continuar a assistir a quebras de preços suaves, aumento das transacções, maior protagonismo das entidades financeiras e estimo que os preços batam no fundo, ainda que não seja poossível saber se isso vai mesmo acontecer. Era bom que os preços baixassem aos mínimos porque ficaría tudo mais claro. O dado positivo é a recuperação da economia alemã, que tem movimentado o mercado das habitações costeiras espanholas.
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