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Os edifícios brutalistas têm os dias contados... graças ao "boom" do imobiliário
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Os anos 70 parecem já não estar na moda e a verdade é que os símbolos arquitetónicos desses anos estão a desaparecer, especialmente nas cidades que vivem as maiores bolhas imobiliárias. O hotel Empire Landmark, por exemplo, acaba de ser fechado em Vancouver, no Canadá. Trata-se de um edifício de quase meio século, referente à época do brutalismo, um estilo arquitetónico perseguido, amado e odiado.

A torre Empire Landmark, que será demolida para construir edifícios de luxo, foi a mais recente vítima de uma longa lista de edifícios que perderam atratividade, que envelheceram demasiado rápido e que acabaram por sucumbir aos mercados imobiliários em expansão. Com a queda desta torre, desaparece a última amostra brutalista de Vancouver.

A cidade esqueceu os padrões de uma década arquitetónica inteira, impulsionada pela construção de edifícios eficientes e que seguem uma linha arquitetónica moderna.

Os edifícios brutalistas têm os dias contados... graças ao "boom" do imobiliário
Manhattan West

Para o brutalismo estes anos têm sigo negros, pautados pela progressiva perda de prestígio. O estilo, inaugurado por gigantes de que são exemplos o Le Corbusier ou a escola da Bauhaus, está perder terreno em cidades como Nova Iorque, Londres, Paris, Tel Aviv ou Washington. São exemplo disso o Manhattan West, em Nova Iorque, o Robin Hood Garden, em Londres, ou a sede do FBI em Washington.

O Robin Hood Garden, um complexo de habitação social no leste de Londres, está a ser demolido apesar das inúmeras tentativas de preservação – devido à importância que teve na definição de um estilo arquitetónico funcional que servia a construção de edifícios monumentais, mas também escritórios ou habitação social.

Os edifícios brutalistas têm os dias contados... graças ao "boom" do imobiliário
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No centro de Washington, o edifício J. Edgar Hoover, que alberga a sede do FBI, também tem os dias contados, tendo sido desprezado por vizinhos e inquilinos, cansados de um edifício que consideram desatualizado e a ficar cada vez mais velho. O governo federal está, por isso, à procura de financiamento para a nova sede do Escritório Federal de Investigação, que deverá ser mais eficiente, moderno e preparado para o mundo digital.

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