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Bolha imobiliária na China chega às sepulturas: comprar uma campa custa muito mais que uma casa
GTRES

A China está a tornar-se num país difícil para viver, e também cada vez menos acessível para morrer. Sim, encontrar uma casa barata é um grande problema para os chineses. Mas os preços dos túmulos ultrapassam há já três anos os preços dos imóveis. Um espaço no cemitério pode chegar a custar mais de 12.000 euros.

Segundo a Fu Shou Yuan International Group Ltd., a maior operadora de cemitérios e instalações funerárias da China, o custo de um "lote" médio, aproximadamente do tamanho de metade de um tapete de ioga, subiu 41% desde o primeiro semestre de 2015, para 100.483 yuans - 14.800 dólares, cerca de 12.724 euros. Durante esse período os preços das casas em 70 cidades chinesas apenas avançaram 23%.

"A oferta é muito limitada", aclarou Hao Hong, chefe da Bocom International Holdings Co, à Bloomberg. "Já ouvimos falar de algumas pessoas que compraram apartamentos em Shanghai para armazenar cinzas em vez de comprar túmulos caros", disse o responsável. 

A Fu Shou Yuan, uma outra empresa do setor, vendeu 6.214 túmulos na China nos primeiros seis meses de 2018, com um preço unitário médio a subir 7% de ano para ano.

A terra usada para as sepulturas tem escapado aos reguladores chineses, segundo o analista Yan Yuejin, da China Real Estate Information Corp., citado pela publicação norte-americana, um cenário que tem contribuído segundo o responsável para o “alimentar dos preços”.

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