Comentários: 0
Como a Finlândia está conseguir atacar a crise habitacional
Photo by Tapio Haaja on Unsplash

Enquanto em cidades como Berlim ou Londres, as autoridades têm vindo a tentar resolver a crise na habitação com regras mais rígidas para o arrendamento, congelamento de preços, habitações sociais e cofinanciamento público de apartamentos com rendas reduzidas, a Finlândia decidiu ir por outro caminho. E está a dar resultado...

O país nórdico optou antes por construir mais imóveis para as pessoas que mais precisam deles e o número de pessoas sem-abrigo caiu cerca de 40% na última década, apesar de duas recessões. Foram construídos cerca de 7 mil imóveis a preços acessíveis no âmbito de três programas desde 2008.

A Finlândia, segundo conta a Bloomberg numa reportagem, faz parte do movimento global Housing First (habitação em primeiro lugar), uma ideia nascida em Nova Iorque no início dos anos 1990, e pensada por Sam Tsemberis. Psicólogo, nascido na Grécia e criado em Montreal, Tsemberis mudou-se para Big Apple para trabalhar com doentes mentais, muitos dos quais a viver nas ruas.

Filadélfia e Burlington, no estado de Vermont, seguiram Nova Iorque e implementaram programas Housing First, que ainda existem atualmente. Noutros lugares, como na Finlândia, há programas que estão a ser implementados à escala nacional, com base na ideia de que a habitação é um direito fundamental do ser humano. No total, mais de 17 países em todo o mundo, do Canadá à Nova Zelândia, têm adotado métodos semelhantes.

Como resultado do programa, não há praticamente ninguém a viver nas ruas na Finlândia, um país de 5,5 milhões de habitantes, onde apenas 500 pessoas não têm atualmente um sítio para dormir. O número, destaca a Bloomberg, compara às 52 mil pessoas que dormem nas ruas na Alemanha, um país de 80 milhões de habitantes.

"O que os finlandeses fizeram foi investir em prevenção", explicou Tsemberis à agência de notícias. "Começaram a subsidiar rendas antes que as pessoas perdessem as suas casas".

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta