
Os seguros residenciais estão a sofrer brutais aumentos em algumas regiões mais exclusivas do planeta, à boleia da crise climática. É o caso de Miami, por exemplo, onde para protegerem as suas megamansões, os ultra ricos já têm que pagar prémios de seguro que podem chegar aos 620 mil dólares anuais.
Os seguros estão a ditar quem pode morar onde e a que custo. Segundo a Bloomberg, estamos a assistir a uma aceleração da gentrificação climática: cada vez mais, apenas os mais ricos poderão dar-se ao luxo de ter seguros contra o clima extremo, inundações e incêndios florestais no nosso planeta em aquecimento. É o caso do sul da Flórida, que atrai muitos multimilionários, mas que é uma zona fustigada, por exemplo, por furacões.
"Apenas americanos ricos poderão comprar casas em algumas dessas comunidades costeiras", refere Mark Friedlander, diretor do Insurance Information Institute, citado pela publicação.
Mas mesmo para os moderadamente ricos, os custos do seguro estão começando a roçar o inacessível: o custo do chamado seguro de alto valor, vagamente definido como apólices que cobrem casas com valor superior a 1 milhão, está a superar o aumento dos prémios para casas de valor mais modesto entre duas e 70 vezes.
Melamud, que trabalha como corretor de seguros na Flórida há mais de duas décadas, diz que nunca viu os preços subirem tanto, e tão rápido.
Mas o fenómeno está a espalhar por outras regiões. De acordo com a Bloomberg, os prémios de seguro residencial estão aumentar também em Aspen, por exemplo, onde os incêndios florestais são uma preocupação.
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