Analistas duvidam que o "rali" continue à medida que as promotoras tentam livrar-se do excesso de stock.
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Hong Kong
Hong Kong Getty images

Os preços das casas em Hong Kong subiram em março pela primeira vez em quase um ano, à medida que as vendas se recuperaram com a remoção das restrições imobiliárias. Em concreto, o índice de preços subiu 1,06% em relação a fevereiro, após 10 meses consecutivos de queda.

O número reflete o desempenho do mercado imobiliário no primeiro mês completo desde que o governo cortou impostos sobre a compra de casas no final de fevereiro. No entanto, analistas duvidam que o "rali" continue à medida que as promotoras tentam livrar-se do excesso de stock, num momento em que os altos custos de empréstimos continuam a ter impacto na procura.

De acordo com Hannah Jeong, chefe de serviços de avaliação e consultoria da Colliers International Group Inc., para Hong Kong, há 20.000 apartamentos concluídos, mas não vendidos, na cidade, e 71.000 unidades não vendidas em construção, dois números recordes.

O excesso de oferta levará a "um ajuste para baixo dos preços por parte dos promotores para liquidar o stock", disse Jeong em comunicado. "Isso pressionará o mercado de usados, desacelerando ainda mais as transações", salientou citada pela Bloomberg.

A perspetiva de juros mais altos por mais tempo também pode pesar no mercado. Os preços das casas podem cair mais 5% a 10% este ano se os cortes de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ficarem aquém das expectativas, acrescentou Jeong.

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