Kivalina é uma pequena ilha ártica no noroeste do Alasca que tem apenas dois quilómetros de comprimento e é habitada por 400 pessoas, segundo o Gabinete do Censo dos Estados Unidos, muitos dos quais pertencem à tribo iñupiat.
Esta pequena comunidade enfrenta um destino incerto perante o avanço das alterações climáticas. Há mais de um século começou-se a considerar a ideia de realocar os habitantes da zona devido à erosão costeira, à ameaça constante de tempestades e à possível subida do nível do mar.
O pai do atual autarca, Austin Swan, já participou há anos em reuniões com cientistas, políticos, engenheiros e até com o ex-presidente Barack Obama, para discutir a deslocação da aldeia para o interior. No entanto, apesar da gravidade da situação, pouco se avançou.
Recentemente, a escola local foi transferida para 13 quilómetros de distância, e a estrada que liga a antiga povoação ao novo edifício escolar exigiu um investimento de mais de 53 milhões de dólares (45 milhões de euros à taxa de câmbio atual). No entanto, a maior parte da aldeia continua sem acesso adequado a água potável e permanece exposta à força do oceano.
A agência de notícias Bloomberg estima que a deslocação desta aldeia para uma zona segura, com os serviços de habitabilidade necessários, exige um investimento milionário que os líderes federais e estatais não estão dispostos a assumir. Além disso, ainda não existe um plano definido para transferir a comunidade para um local seguro.
Com o tempo a jogar contra si, os habitantes de Kivalina enfrentam um futuro incerto, no qual a sobrevivência da sua comunidade milenar depende de decisões urgentes e do compromisso real das autoridades.
Se o apoio não chegar em breve, esta localidade poderá ser engolida pelas consequências das alterações climáticas. E a aldeia, condenada a desaparecer.
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