A Oxford Street, em Londres, foi a rua comercial europeia mais afetada pela pandemia, com uma queda de 71% no tráfego pedonal, segundo um estudo realizado pela Mytraffic e pela Cushman & Wakefield (C&W). O relatório centra-se nas ruas mais famosas das capitais europeias, nomeadamente Paris, Berlim, Londres, Roma, Madrid e Bruxelas. As ruas foram classificadas com base na afluência de pessoas desde março de 2020, em comparação com os níveis de referência pré-crise.
O número médio mensal de pedestres caiu 66% na Via del Corso, em Roma, 65% na Rue Neuve, em Bruxelas, e 63% na Gran Vía, em Madrid. A Avenida dos Campos Elíseos, em Paris, com uma queda de 44%, foi também uma das mais ruas europeias mais afetadas pela pandemia. A Kurfürstendamm, em Berlim, foi a que menos “sofreu” em termos de fluxo de pessoas, registando uma queda de 35%.
De acordo com o estudo, citado na imprensa nacional e internacional, ao longo de abril de 2020, as principais ruas comerciais da Europa, que costumavam atrair muitas pessoas, ficaram desertas. Muitas vezes desprovidas de "lojas essenciais", e privados do afluxo de turistas, nenhuma destas ainda recuperou os níveis anterior à crise.
Como consequência direta do encerramento das lojas, o valor dos alugueres caiu em quase todas as ruas, cerca de 20% num ano. Trata-se de uma correção de mercado sem precedentes para um período tão curto, salienta o estudo.
No médio e longo prazo, as ruas principais manterão a sua liderança. Apesar da queda no fluxo de pessoas em 2020, os especialistas da Cushman & Wakefield confirmam uma forte procura da parte dos comerciantes. Em Madrid, Roma, Bruxelas e Berlim, os alugueres podem voltar ao normal em 2023. Na Avenida dos Campos Elísios e na Oxford Street, que são mais dependentes do turismo internacional, a recuperação dependerá da rapidez do regresso dos clientes internacionais.
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