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Quo vadis imobiliário: bolha imobiliária ou euforia?
idealista

A subida em flecha dos preços das casas em Portugal, que está a deixar Bruxelas sob alerta, e a falta de produto nas zonas de maior procura, como Lisboa e Porto, marcaram grande parte do pequeno almoço de trabalho designado "Quo vadis, imobiliário?" (o Estado da Nação do setor), organizado pelo idealista. Apesar do forte dinamismo que o setor está a viver, sobretudo nas grandes cidades, e da recuperação dos preços, os especialistas rejeitam que se esteja a viver ou que haja o risco de haver uma bolha imobiliária no país, como a que sofreu, por exemplo, a vizinha Espanha.

No encontro, realizado na passada sexta-feira, 19 de maio, participaram vários perfis profissionais do mercado imobiliário (mediadores e promotores imobiliários, consultores, regulador e banca) e a imprensa que acompanha o setor.  E contou ainda com a participação de vários membros do idealista, empresa editora deste portal de notícias.

Quo vadis imobiliário: bolha imobiliária ou euforia?
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O imobiliário continua a beneficiar do investimento estrangeiro, que se mantém ao rubro - não obstante os problemas registados a nível dos vistos gold, sobretudo com a emissão ou revalidação das autorizações para os chineses -, mas também dos compradores nacionais mais motivados a adquirir casa.

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Euforia no setor

Em grande parte, por portugueses estão a comprar mais devido à maior disponibilidade da banca para dar crédito à habitação, ainda que com critérios mais exigentes, mas também por causa do cenário de baixas taxas de juro nos produtos de poupança. Os especialistas defendem que hoje em dia é mais seguro investir em imobiliário do que ter dinheiro no banco.

Quo vadis imobiliário: bolha imobiliária ou euforia?
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O número de licenças emitidas de mediadores imobiliários em Portugal ilustra bem o momento de crescimento que vive o setor atualmente. Em 2012, em plena crise, foram emitidas apenas 2.700 licenças, que contrastam com as 4.000 de 2009, e as quase 5.000 com que fechou o ano de 2016, segundo dados oficiais. 

Reabilitação é insuficiente para responder à falta de produto

O grande problema que o imobiliário vive em Portugal, nos dias de hoje, é um desajustamento entre a oferta e a procura, com falta de produto nas zonas onde as pessoas querem viver e o excesso de stock onde ninguém quer estar, segundo apontam os especialistas.

Quo vadis imobiliário: bolha imobiliária ou euforia?
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A reabilitação tem sido nos últimos anos a solução para este problema, sobretudo nos grandes centros, mas começa a ser insuficiente, havendo necessidade de obra nova. Mas sempre ajustada às necessidades dos portugueses, defendem. E lançam à banca o repto para que abra os cordões à bolsa também na área da promoção imobiliária, uma vez que nos últimos anos não tem estado disponível para financiar obras.

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Portugal está, definitivamente, na moda

O turismo tem nisto uma parte da responsabilidade, porque é notória a transferência de imóveis do mercado residencial e até de escritórios para a atividade turística. Seja, para alojamento local ou hotéis, devido à maior rentabilidade e menos risco que oferecem estes negócios aos proprietários e investidores. Neste sentido, considera-se que a troika permitiu abrir o centro da cidade de Lisboa, por exemplo, fazendo com que os proprietários começassem a mandar nos seus seus imóveis e dar-lhes o destino que pretendem, nomeadamente, a nível das lojas de rua.

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Mas Portugal não está na moda apenas como destino turístico. Há cada vez mais empresas estrangeiras a valorizar e procurar o país para investir e instalar os seus centros de competências, para onde pretendem recrutar mão de obra qualificada. Mais uma vez aqui, a questão é a falta de oferta.

Quem é quem

Nesta segunda edição do "Quo Vadis Imobiliário" participaram Fernando Silva, presidente do regulador IMPIC, Luís Lima, presidente da APEMIP, Ricardo Sousa, CEO da Century 21, Eric van Leuven, managing partner da Cushman & Wakefield Portugal, Pedro Pereira, diretor de marketing da UCI e Filomena Lança, jornalista do Jornal de Negócios. Assistiram ainda César Oteiza, cofundador e diretor-geral do idealista Portugal, Ruben Marques, do departamento de comunicação da empresa e Tânia Ferreira, responsável do idealista/news e que esteve encarregada de moderar o debate.

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