
O “compromisso para a competitividade sustentável do sector da construção e imobiliário”, que o governo assinou com a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), está a ser visto “com bons olhos” pelas construtoras nacionais, que estão agora na expectativa para ver como o plano pode reanimar uma das áreas mais afectadas pela crise.
Citado pelo Jornal de Negócios, António Castro Henriques, presidente executivo da Soares da Costa, considera que “a eventual retoma do crescimento da procura ao sector da construção, baseada em intenções de investimento bem fundamentado e financiado de modo adequado, será uma boa notícia para a economia”. Segundo o responsável, o grupo Soares da Costa tem “procurado criar condições, ao nível do ‘mix' de negócios e geografias para estar relativamente pouco dependente da retoma do investimento e da procura em Portugal, embora esta seja bem vinda”. Na opinião de António Castro Henriques, a prioridade dada à reabilitação urbana corresponde a “uma necessidade real e, frequentemente, faz sentido económico”.
Por seu turno, José Teixeira, presidente do grupo DST, considera que "Portugal não deve decidir um plano de investimentos porque o sector não tem trabalho, mas antes pelo que deve ser feito para criar trabalho”. “Um investimento numa redundância mata o bom dinheiro enquanto um investimento na reabilitação, num parque escolar ou num alqueva aumenta o dinheiro investido”, frisou, salientando que a espera pelo compromisso agora assinado “valeu a pena”.
Já Luís Machado, director geral da Construtora Lucios, é da opinião que este plano é o “primeiro sinal positivo que o governo dá ao sector da construção", no que respeita à sua “preservação e adaptação à realidade actual”. “Será exagerado considerar que é um plano de reanimação do sector, mas será sempre um sinal de algum reconhecimento do peso do sector na economia portuguesa”, explicou.
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