no ano passado foram gastos 2,4 mil milhões de euros em medicamentos, menos 683 milhões que em 2009, o que corresponde a uma descida de 13 milhões de embalagens vendidas. segundo o diário de notícias (dn), a factura foi paga pelos remédios de marca, já que os genéricos subiram as vendas, conquistando a maior quota de mercado até agora
dados da consultora ims health indicam que os medicamentos de marca venderam 214 milhões de embalagens em 2010, menos 17 milhões que em 2009. o saldo é, por isso, negativo, mas acaba por ser ligeiramente compensado pelos genéricos, que aumentaram as vendas relativamente a 2009, com mais sete milhões de euros de lucro (passaram para 444 milhões)
"quer a crise quer as medidas tomadas pelo governo, fazendo recair maiores encargos sobre os utentes, levam a uma redução grande do consumo de medicamentos", disse carlos braga, do movimento de utentes dos serviços públicos, citado pelo dn. "os reformados e os trabalhadores com baixos salários têm de fazer opções na hora da aquisição. ou compram parte da medicação ou deixam de comprar para levar pão para casa", acrescentou
também josé manuel silva, bastonário da ordem dos médicos, aponta o dedo à crise. "traduz as dificuldades económicas do país e das famílias mais carenciadas. se colocar em causa o bom tratamento dos doentes pode ser muito prejudicial para os cidadãos e para a nossa economia. um país mais doente é um país mais frágil e menos produtivo", referiu o responsável ao dn
já óscar gaspar, secretário de estado da saúde, disse ainda não dispor de dados concretos para perceber a evolução do mercado. ainda assim, admitiu a possibilidade de ter havido uma redução nos gastos com medicamentos
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