O setor da construção foi um dos mais afetados pela crise, embora os responsáveis da área de atividade comecem a antever agora sinais de mudança. Mas os dados revelados esta segunda-feira pelo Eurostat não são animadores. Portugal foi, em março, o país da União Europeia (UE) com a maior descida homóloga na produção na construção (13.8%). Face ao mês anterior, fevereiro, verificou-se uma queda de 3%.
Em causa estão números muito mais elevados face aos registados na média da UE e da Zona Euro. Em março, e comparativamente com o mesmo mês do ano passado, a produção na construção subiu 5,2% na Zona Euro e 5,3% na Europa a 28. Na comparação com fevereiro, diminuiu 0,6% na Zona Euro e 0,5% na UE.
Em termos homólogos, relativamente a março de 2013, as maiores subidas na produção na construção registaram-se na Eslovénia (44,9%), na Hungria (34,1%), em Espanha (19,1%) e na Polónia (18,4%). Em termos mensais – de fevereiro para março –, os aumentos mais significativos aconteceram na Roménia (10,3%), na Eslovénia (8,9%) e em Itália (1,9%).
radiografia do dia: evolução da produção na construção nos últimos dois anos
o índice de produção na construção apresentou, em maio, uma taxa de variação homóloga de -17,3%, superior à registada em abril (-16,1%). de acordo com o instituto nacional de estatística (ine), a diminuição deve-se às variações mais negativas dos índices dos dois segmentos considerados, construção de edifícios e engenharia civil, que registaram uma quebra homóloga de 17,4% e 17,2%, respectivamente
Produção na construção diminui 13,1% face a 2013
A produção, o emprego e as remunerações no setor da construção voltaram a cair em março, mantendo a tendência dos últimos meses. Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), o índice de produção na construção apresentou uma variação homóloga de -13,1%, quando no mês anterior (fevereiro) tinha tido uma variação homóloga de -13,2%.
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