Sabias que podes ficar triste ou até deprimido por veres nas redes sociais que os teus amigos têm uma vida aparentemente melhor que a tua? Esta é a conclusão de um estudo feito pelo Facebook, que se dedicou a analisar, utilizando a sua base de cerca de 1,3 mil milhões de utilizadores, sobre o contágio emocional nas redes sociais.
Os autores do estudo publicado no PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America) queriam saber se ver amigos a partilharem a sua felicidade online gerava ou não um sentimento de pessimismo e de falta, por comparação com a própria vida, escreve o Dinheiro Vivo. O Facebook tinha receio de que, ao sentirem-se infelizes por verem que outros tinham uma vida aparentemente melhor, as pessoas acabassem por evitar entrar na rede social.
O estudo, "Evidências experimentais de contágio emocional em grande escala através das redes sociais", foi aprovado em março e está publicado no site da PNAS, o que gerou controvérsia pelos métodos usados. A conclusão, de acordo com o site, é esta:
"Mostramos, através de uma experiência massiva no Facebook, que os estados emocionais podem ser transferidos para outros, através de contágio emocional, levando as pessoas a experimentarem as mesmas emoções sem estarem cientes disso. Fornecemos evidências experimentais de que o contágio emocional ocorre sem a interação direta entre as pessoas (exposição a um amigo que expressa uma emoção é suficiente), e na ausência total de sinais não-verbais."
Ora isto gerou polémica, no próprio Facebook e noutras redes como o Twitter. Hoje, um dos autores do estudo e membro da equipa científica de dados do Facebook, Adam D. I. Kramer, publicou uma longa justificação defendendo o trabalho.
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