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Vogue-Homes lança 14 projetos imobiliários no valor de 250 milhões de euros (entre os quais o Atheneu de Lisboa)
Vogue-Homes

Quatro novos projetos imobiliários estão em vias de começar a ser desenvolvidos, pela mão da Vogue-Homes, em Lisboa, Dafundo e Porto. A sociedade de investimento e gestão imobiliária, que tem sob gestão ativos num valor superior 250 milhões de euros, conta no total com um portfólio em desenvolvimento de 14 empreendimentos, com assinaturas de arquitetos de topo. Joaquim Silva Lico, CEO da empresa, revela as novidades em entrevista ao idealista/news.

Os “projectos Bom Sucesso, São Carlos, Marechal Gomes da Costa (Porto) e Dafundo vão já arrancar no decorrer dos meses de outubro/novembro”, antecipa o gestor desta sociedade que opera ao nível do investimento, gestão e rentabilização do património imobiliário.

Novos empreendimentos vistos à lupa

O Bom Sucesso, que implica a conversão do espaço de uma antiga faculdade junto ao rio Tejo, em Lisboa, vai ser alvo de uma intervenção de reabilitação e para o qual estão planeadas 47 unidades habitacionais ao longo de três edifícios.

Vogue-Homes lança 14 projetos imobiliários no valor de 250 milhões de euros (entre os quais o Atheneu de Lisboa)
Vogue-Homes

Já o edifício São Carlos, localizado no Largo de S. Carlos da capital, será também reabilitado, respeitando a singularidade do conjunto arquitetónico da Lisboa Pombalina, mantendo-se o r/c para uso comercial e os andares superiores para uso habitacional.

O Marechal 720, no Porto, corresponde a um lote com moradia onde vai ser desenvolvido um projeto residencial de moradias em condomínio privado.

Já o Dafundo 24 está estrategicamente inserido na área residencial do Dafundo, perto de Algés e a 10 minutos do centro de Lisboa. O projeto consiste no lançamento de 10 apartamentos, um espaço comercial e 21 lugares de estacionamento.

Vogue-Homes lança 14 projetos imobiliários no valor de 250 milhões de euros (entre os quais o Atheneu de Lisboa)
Dafundo 24 Vogue-Homes

Atheneu Comercial de Lisboa vai ser um hotel?

Recentemente foi avançado nos órgãos de comunicação social que o edifício do Atheneu Comercial de Lisboa (ACL) ia ser transformado em hotel. Mas Joaquim Silva Lico é perentório na sua resposta: “Isso é claramente um boato, resultado da curiosidade existente”.

Com efeito, e conforme descreve ao idealista/news, “o Ateneu vai ser transformado num projeto residencial que visa trazer vida não só ao edifício emblemático, mas também a uma zona que tem pouco residentes”.

Localizado na Rua das Portas de Santo Antão, em Lisboa, o Ateneu foi fundado em 1880, com um forte pendor cultural e desportivo e desde 1926 é considerado uma Instituição de Utilidade Pública. Por isso mesmo, “este projeto está a ser desenvolvido em conjunto com a antiga instituição que o detinha, o ACL - Atheneu Comercial de Lisboa, no sentido de preservar a história e identidade do que foi aquela instituição”, garante o gestor.

O projeto que está a ser pensado vai “contemplar uma seção do Palácio para que seja efetuado um museu do Atheneu para exibição de todo o seu histórico espólio, que será aberto ao público”. Além desse espaço, o Atheneu irá ter ainda “um local, também inserido no palácio com vista ao desenvolvimento das suas atividades”.

Vogue-Homes lança 14 projetos imobiliários no valor de 250 milhões de euros (entre os quais o Atheneu de Lisboa)
Atheneu Comercial de Lisboa Vogue-Homes

Mais projetos em carteira

O Maria Pia é um lote de terreno situado na rua Maria Pia, em Lisboa, para desenvolver num condomíno fechado; e a antiga Vila Sanches, situada em Campo de Ourique, também vai ser alterada para condomínio fechado.

Vogue-Homes lança 14 projetos imobiliários no valor de 250 milhões de euros (entre os quais o Atheneu de Lisboa)
Crisóstomo 20 Vogue-Homes

O Crisóstomo 20 é um prédio dos anos 20 do século passado, localizado nas Avenidas Novas junto à Avenida da República, que vai ser habitação de luxo com 6 apartamentos, garagem e um espaço comercial; o Valbom 76 remonta aos anos 20, está localizado também nas Avenidas Novas, junto à Fundação Calouste Gulbenkian e vai ser transformado num edifício residencial de 7 apartamentos, sendo um por piso com uma área aproximada de 200m2; o Taipas 18, antigo hospital dos anos 30, localizado entre o Príncipe Real e a Avenida da Liberdade, junto ao jardim de São Pedro de Alcântara, vai tornar-se num luxuoso edifício residencial de 14 apartamentos com vista privilegiada; e o Ávila 193, dos anos 60, situado nas Avenidas Novas que vai ser alvo de reconversão e ampliação mantendo a traça original e que vai contar com um total de 9 pisos com um apartamento por piso com 220m² e dois lugares de garagem.

Nota ainda para o Madrid 6, localizado junto à Avenida de Roma e da Avenida João XXI, numa área residencial de classe média, que vai ter 11 apartamentos com estacionamento.

A par de Lisboa e Porto, a Vogue tem ainda projetos em Cascais, nomeadamente um terreno para loteamento e desenvolvimento urbanístico, e em Setúbal, tal é o caso do empreendimento Portas do Sol 3, um prédio de compra e venda sem desenvolvimento.

A propósito de todos estes empreendimentos, Joaquim Silva Lico afirma: “Privilegiamos sempre as tipologias de maior dimensão”. Mas em relação ao preço por metro quadrado declara, sem avançar valores, que “pode variar conforme a localização do empreendimento”.

Arquitetos de topo para projetos singulares

Quando se fala nos diversos projetos que esta empresa tem em carteira, Joaquim Silva Lico salienta, desde logo, que “os gabinetes de arquitetura com quem trabalhamos são sempre de topo”.

Com efeito, o gabinete Miguel Saraiva e Associados é responsável pelos projetos Bom Sucesso, Maria Pia, Madrid 6 e Dafundo 54; o São Carlos está a cargo do Open Book Arquitectura; e o Ávila 193 pela mão da CPU Arquitectos; só para destacar alguns.

A Vogue diz assim ter em carteira diversos empreendimentos únicos pela sua antiguidade patrimonial, beleza arquitetónica e localização privilegiada.

Um desses projetos é o já mencionado Intendente 48. O palácio onde outrora residiu o Intendente Pina Manique vai agora ser alvo de uma operação de reabilitação e construção de um novo edifício.

Publicidade nas obras

E são vários os edifícios espalhados por Lisboa que, embora ainda emparedados, já ostentam o cartaz da marca Vogue-Homes. Porquê? “Normalmente aproveitamos a fase de licenciamento, para durante esse período colocarmos a nossa marca e utilizar esse meio como uma plataforma de comunicação institucional que nos proporciona visibilidade”.

Dois desses empreendimentos são o Intendente 48, situado no Largo do Intendente, e o São Carlos. Neste último caso, confessa que “é um prédio localizado num largo tão emblemático de Lisboa que é impossível não tirar uma contrapartida da sua excelente situação”.

Empresa nasceu para "ajudar" grandes investidores

Constituída há cerca de cinco anos, a Vogue-Homes surgiu na sequência da “quase inexistência no mercado português de empresas profissionais na gestão de investimento imobiliário”.

O gestor explica que, "foi nos finais de 2013 e início de 2014, quando o mercado imobiliário em Lisboa deu os primeiros sinais de recuperação”, que "começaram a surgir os primeiros investidores internacionais". Mas "por desconhecimento do mercado e ausência de uma base/estrutura em Lisboa era-lhes muito difícil efetuarem aquisições, pelo menos ao preço adequado e de mercado, e começaram a procurar empresas como a Vogue”. 

Joaquim Silva Lico ressalva, porém, que apesar de a empresa apenas ter sido criada em 2013, quem a gere trabalha neste setor desde 2001, "o que lhe confere um conhecimento e posicionamento no mercado, bem como proporciona uma maior facilidade e acesso ao mercado de venda de que é matéria-prima desta atividade: os prédios”.

Depois de começar a trabalhar para os investidores, a Vogue começou também a ter clientes investidores particulares, dos mais variados setores de atividade, que “pretendem, acima de tudo, ter boas rentabilidades dos seus capitais investindo neste mercado”.

Preços começam a dificultar atividade

A Vogue-Homes tem entre mãos, na maioria das vezes, projetos que visam a reabilitação e, por vezes, a ampliação. “Este é seguramente o main stream da nossa área. Desde o início da atividade da empresa que fomos tendo um crescimento gradual, mas considerável que nos permitiu consolidar uma posição e ter algum relevo no mercado”.

Mau grado, considera que, neste momento e na atual conjuntura, “vai ser muito difícil continuar com este crescimento, uma vez que se vive um momento de prática de valores irrealistas por parte de dos vendedores de prédios (matéria-prima), isto apesar da crescente procura de casas”.

Com um portfólio tão vasto que se vai prolongar pelos próximos anos, não se pode deixar de questionar se ainda estão à procura de novas oportunidades de negócio? “Sempre!”, garante determinado Joaquim Silva Lico. “Todos os dias procuramos novos desafios que deem continuidade a este projeto iniciado em 2013 para que a cada dia que a marca se possa ir afirmando cada vez mais neste mercado, como uma referência”.

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