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Álvaro Portela reconverte património familiar que já foi da farmacêutica Bial
idealista/news

Álvaro Portela, profissional que levou os centros comerciais da Sonae Sierra aos quatro cantos do mundo, dedica agora parte dos seus dias a reconverter e a gerir o património da família. Neto do Comendador Álvaro Portela, que fundou a Bial, o gestor reconverteu o antigo e emblemático edifício sede da farmacêutica num moderno e exclusivo centro de negócios, e transformou as instalações fabris dos laboratórios em alojamento universitário, a Residência Porto Alto. Os dois empreendimentos, sobre os quais o idealista/news falou com Portela, ficam localizados na Rua João Oliveira Ramos, a poucos minutos da Praça Marquês de Pombal, no Porto.

Seleto e exclusivo centro de negócios

O edifício que foi sede da Bial, até à mudança da empresa farmacêutica para a Trofa - gerida, agora, por António Portela, bisneto do fundador -, foi transformado num selecto edifício de escritórios, cujos preços de arrendamento não são, porém, a principal razão para que, neste momento, esteja ocupado a quase a 100%.

É que, segundo apurou o idealista/news, os ocupantes das exclusivas salas do edifício Bial são escolhidos por convite e, por isso, só são aceites profissionais de idoneidade reconhecida. Neste momento, os quatro pisos já reconvertidos – o último piso encontra-se em obras – estão ocupados por profissionais liberais, caso de arquitetos, designers, advogados, consultores e gestores de diferentes áreas de atividades.

Álvaro Portela reconverte património familiar que já foi da farmacêutica Bial
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O edifício, sede da Bial até virar do século, é, por si só, um repertório do percurso deste laboratório industrial e está repleta de objetos que fazem parte da sua história desta empresa, fundada em 1924.

A começar pelo escritório no R. chão, agora ocupado por Portela, mas que foi do seu avó e depois do pai, António Emílio Portela.

Cada piso, restaurado com todo o cuidado e rigor, tem disponíveis espaços comuns, como é o caso das salas de reunião, ou “a sala de conversa” - como gosta de lhe chamar Álvaro Portela -, o que torna este espaço requintado e muito acolhedor.

Residência de qualidade e bons preços

A residência Porto Alto, com 45 apartamentos T0, desde a abertura a 1 de setembro de 2017 que tem uma ocupação a 100%, destacando-se por um nível de qualidade superior.

Os preços de arrendamento – 420€ a 460€, no caso de um residente, e de 600€ a 650€, para duas pessoas que queiram partilhar o espaço -, são valores que dizem respeito a apartamentos mobilados, que incluem as despesas, limpeza e muda semanal de roupas de cama e toalhas. Os apartamentos apresentam áreas entre os 26 e os 44 metros quadrados.

Na opinião de Portela, estes valores “são bastante equilibrados e estão em linha de conta com as condições oferecidas”.

Álvaro Portela reconverte património familiar que já foi da farmacêutica Bial
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“Cada apartamento da Porto Alto inclui áreas de dormir, de estudar, de estar e comer, com armários de arrumação, secretária, mesa, cadeiras e sofá, para além da kitchenette e do WC, a maioria com janela exterior. Cada apartamento tem, pelo menos, duas grandes janelas exteriores equipadas com cortinas ´black-out´”, descreve o gestor.

A empresa proprietária e gestora da Porto Alto chama-se Portela & Portela Lda., o "family office” da família de Álvaro Portela, que investiu três milhões de euros no loteamento e construção da residência.

Rentabilizar o património da família

O objetivo deste investimento, segundo o gestor, é rentabilizar, mas sobretudo preservar, o património da família. A construção da residência implicou a demolição dos edifícios das antigas instalações da fábrica Bial, e a construção de novo edifício, moderno e funcional.

A nova construção obedeceu também a um plano de pormenor feito para esta zona – o Plano de Pormenor da Fontinha, elaborado pelo arquiteto Rui Loza -, que implicou a construção de uma novo arruamento, a Rua Comendador Álvaro Portela.

Um arruamento que começa na Rua João Oliveira Ramos e tem previsto continuar até à Rua das Musas, junto ao edifício da Fundação José Rodrigues. Contudo, neste momento, apenas está feita uma pequena parte deste arruamento, que ladeia, de um lado, o imóvel da residência e, do outro, o edifício de escritórios.

Segundo Portela, a aprovação do pleno de pormenor demorou alguns anos, adiando, por isso, a construção do projeto da residência.

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