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Escritórios em máximos da década graças às multinacionais
GTRES

Nos escritórios, a ocupação de 2018 deverá ter atingido os 210.000 metros quadrados (m2), um máximo nos últimos 10 anos e muito próximo do pico mais alto do mercado em 20 anos (atingido em 2008), segundo a JLL. No total, foram ocupados mais 26% do que os 167.000 m2 em 2017 e apenas 9,5% abaixo do pico do mercado de 2008. A vinda de multinacionais tem sido um dos principais motores desta nova procura, contribuindo para o aumento da área média por transação, que passou de 830 m2 em 2017 para perto de 1.000 m2 em 2018.

"O resultado só não supera o recorde histórico de mercado por falta de oferta adequada aos principais requisitos da procura atual, focada em áreas de grande dimensão, em zonas centrais e próximas de transportes públicos", declara a consultora que em comunicado diz ter sido responsável pela negociação de mais de 44.000 m2 distribuídos por 101 operações - o que equivale a cerca de 29% área ocupada no mercado, estando em causa a colocação de entidades como a Infinera (que adquiriu a Coriant), MMC, em representação do proprietário, e a Trust in News.

Multinacionais impulsionam negócio

A consultora explica que a vinda de multinacionais para a instalação de centros de inovação, tecnológicos ou de serviços partilhados, assim como a proliferação dos espaços de co-working, beneficiando do posicionamento de Portugal como destino de empreendedores tem sido fundamental para este dinamismo.

Pedro Lancastre, diretor geral da JLL Portugal, destaca este “interesse das multinacionais no nosso país”. Em declarações ao idealista/news, o responsável frisa a importância destas empresas quererem marcar presença em território nacional, por várias razões. “Não se trata só de dar emprego. Pensemos nas pessoas que vão trabalhar para essas empresas, e que vêm de fora, por exemplo... vão precisar de casa e cria-se assim uma determinada dinâmica importante”. "Mais escritórios houvesse, mais ocupação existiria", remata. 

Por outro lado, indica que a expansão de empresas já presentes no mercado tem também contribuído para o aumento de área colocada, com o setor de TMT’s e Utilities a predominar na ocupação (33% da área) e o Corredor Oeste (zona 6) a apresentar o maior volume de absorção do ano. 

Em resultado desta dinâmica de mercado, e igualmente refletindo os baixos volumes de oferta, as rendas têm evidenciado uma evolução em alta, com o Prime CBD a apresentar agora um valor de 22euros/m2/mês, ou seja, mais 10% do que em 2017. Nas restantes localizações, as rendas prime variam entre 15 euros e 18 euros/m2/mês, com subidas anuais de 3% a 16%, aponta a JLL.

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