Notícias menos positivas para quem tem um crédito à habitação, ou está a pensar em contratar um. Depois de um ciclo de quebras, a taxa de juro implícita nos empréstimos da casa está a subir desde há cinco meses consecutivos, o que faz com que o valor da prestação mensal aumente - ainda que de forma ligeira. Os dados mais recentes do INE confirmam esta tendência.
No conjunto dos contratos de crédito à habitação, esta taxa subiu de 1,066% em março para 1,073% em abril, segundo a informação divulgada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Já nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu de 1,396% para 1,411% em abril.
No que respeita ao destino de financiamento aquisição de habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 1,095%. E os contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro para este destino de financiamento aumentou em abril para 1,405%.
Considerando a totalidade dos contratos, o INE revela que o valor médio da prestação vencida subiu um euro, para 246 euros, e deste valor, 47 euros (ou 19%) corresponderam ao pagamento de juros e 199 euros (81%) a capital amortizado. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu 12 euros, para 336 euros.
Em abril, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 77 euros face ao mês anterior, fixando-se nos 52.686 euros, enquanto para os contratos celebrados nos últimos três meses o montante médio do capital em dívida superou pela primeira vez os 100 mil euros, fixando-se em Abril em 100.891 euros, mais 2.563 euros do que em Março.
Euribor acima dos 2%: prestações da casa voltam a subir em outubro
As taxas Euribor voltaram a subir ligeiramente em setembro, mas sem se afastarem muito dos 2%. Este aumento do indexante tem reflexo nas prestações da casa nos novos créditos habitação assinados em outubro, mas só em alguns euros. Já quem já está a pagar um empréstimo da casa com a Euribor a 6 ou 12 meses deverá sentir um alívio se a prestação for revista este mês.
Taxa de juro dos novos empréstimos da casa cai para 2,86% em agosto
A taxa de juro média das novas operações de crédito habitação, que incluem renegociações, diminuiu em agosto pelo sétimo mês consecutivo, para 2,86%, o valor mais baixo desde novembro de 2022, divulgou esta quarta-feira (1 de outubro de 2025) o Banco de Portugal (BdP).
Jovens já representam 59% dos novos contratos de crédito habitação
O peso dos jovens no montante dos novos contratos de crédito habitação aumentou de 53% em agosto do ano passado para 61% no mesmo mês deste ano, segundo dados do Banco de Portugal (BdP).
Garantia pública no crédito da casa abrange 15,3 mil contratos até agosto
A garantia pública na compra da habitação abrangeu 15,3 mil contratos de crédito até agosto, representando 39,6% do total realizado por jovens até aos 35 anos, segundo dados divulgados esta segunda-feira (29 de setembro de 2025) pelo Banco de Portugal (BdP).
Empréstimo habitação: m2 atinge recorde de 1.965 euros para a banca
A avaliação bancária da casa é um dos processos inerentes aos pedidos de crédito habitação, uma vez que a banca costuma emprestar até 90% do menor valor entre o preço da casa e o valor da avaliação. Em Portugal, o valor mediano da avaliação bancária na habitação está a subir a olhos vistos, tendo alcançado um novo máximo histórico em agosto de 1.965 euros por metro quadrado (euros/m2).
Crédito bonificado a famílias de pessoas com deficiência sem luz verde
Os projetos de lei que previam o alargamento do crédito bonificado à habitação às famílias de pessoas com deficiência foram esta sexta-feira (26 de setembro de 2025) todos rejeitados com os votos contra do PSD e do CDS.
Crédito habitação mais barato até 2028 com nova redução da Euribor
A incerteza continua a pairar sobre a evolução dos juros no crédito habitação. Isto porque a redução da Euribor foi interrompida nos últimos dois meses, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter decidido manter as suas taxas de referência inalteradas. Mas como é que vai evoluir no futuro? O Conselho de Finanças Públicas prevê que a Euribor a 3 meses deverá descer para 1,9% em 2026, regressando às subidas só a partir de 2028.
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