Um novo ciclo político e económico está à vista, com o novo Governo do socialista António Costa. E decidimos antecipar o que aí vem no imobiliário. Para isso, quisemos saber o que pensam alguns dos principais intervenientes do setor sobre o novo Executivo, bem como o que gostariam que acontecesse na legislatura que agora arranca e aquilo que consideram que não pode avançar. Esta é visão de Eric van Leuven, diretor da Cushman & Wakefield em Portugal.
O que esperar de Portugal a nível do imobiliário e economia nos próximos anos, com o novo Governo?
Os resultados das eleições fazem prever a continuidade da política económica seguida nos últimos quatro anos – com as tentações despesistas da esquerda radical em certa medida contidas por um ministro das Finanças forte e sensato. A nível imobiliário, espero que haja mais investimento público estruturante que atrairá investimento privado.
Que medidas gostariam de ver avançar e que riscos identificam?
Medidas que verdadeiramente estimulem a oferta de habitação para a classe média, em regime de compra ou de arrendamento - agilizando processos administrativos, e revertendo asneiras legislativas cometidas em fevereiro deste ano que tiveram o efeito contrário ao que propagava a “geringonça”: a questão do direito de preferência sobre algo não é comprável (uma parte de um imóvel que não está em propriedade horizontal) e matou de vez o incipiente mercado institucional de arrendamento.
Para poder comentar deves entrar na tua conta