Emblemática sala de espetáculos de Lisboa vai ser reabilitada pela Gabriel Couto, contratada pela Lisboa Ocidental, SRU. Projeto é do arquiteto Aires Mateus.
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Parque Mayer a ganhar nova vida: investimento de 5 milhões para fazer renascer Teatro Variedades
Imagem cedida pela Gabriel Couto

Inaugurado em 1926, onde antes estavam os jardins do palacete Mayer, o Teatro Variedades vai começar a ser reabilitado e reconstruído. Abandonada desde os anos 90 do século passado, a emblemática sala de espetáculos da capital portuguesa - por onde passaram artistas consagrados, como Vasco Santana, Beatriz Costa, Raul Solnado, Eunice Muñoz ou até Amália Rodrigues - vai agora receber um investimento de cinco milhões de euros, estando as obras a cargo da Gabriel Couto.

A intervenção no Teatro Variedades, que está classificado no Conjunto de Interesse Público municipal da Avenida da Liberdade, faz parte do plano de reabilitação do Parque Mayer e tem a assinatura do arquiteto Manuel Aires Mateus. O contrato de empreitada foi adjudicado pela “Lisboa Ocidental, SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana E.M., SA” à construtora minhota e prevê um prazo global de 540 dias de calendário.

"A requalificação do Teatro Variedades está assente num conceito de intervenção global de forma a reabilitar os espaços principais e completá-los com uma nova envolvente funcional, compreendendo o exterior, acessos e áreas técnicas de apoio", revela a construtora Gabriel Couto em comunicado.

A mítica sala de espetáculos, sofreu um incêndio em 1966, tendo sido recuperado e, já na década de noventa, poucos anos depois de ter sido alvo de uma renovação do seu interior, acabou por fechar as portas até à atualidade.

Parque Mayer a ganhar nova vida: investimento de 5 milhões para fazer renascer Teatro Variedades
Imagem cedida pela Gabriel Couto

Pelo caminho entrou no polémico negócio de permuta dos terrenos do Parque Mayer, que pertencia à Bragaparques, pelos da antiga Feira Popular, então propriedade municipal. A autarquia chegou a acordo com as duas partes, mas o caso judicial continua, depois de o tribunal arbitral ter fixado que a edilidade terá de indemnizar a empresa.

Antes das obras que agora arrancam, houve uma anterior tentativa de revitalização do Variedades, a cargo da Soares da Costa, em 2017. Mas a empreitada foi interrompida logo no início, por dificuldades financeiras da construtora nortenha, com a qual a autarquia viria a rescindir o respetivo contrato no verão passado.

A empreitada agora contratada com a Grabriel Couto "prevê a demolição dos anexos precários e exíguos construídos em torno do edifício original, das lajes adicionadas dentro da sala de espetáculos e do “foyer” de entrada, bem como o desmonte da cobertura. Os acessos laterais à plateia existentes serão substituídos e serão utilizados novos materiais na nova construção.

O projeto geral desta obra engloba a ampliação e remodelação das instalações existentes, através da recuperação e reabilitação da sua sala principal e do palco, da construção de uma nova envolvente às mesmas, e uma intervenção total na cobertura. Nos elementos existentes (paredes, pavimentos e tetos), a recuperação ou substituição dos acabamentos será realizada com materiais compatíveis de forma a preservar a sua essência.

Parque Mayer a ganhar nova vida: investimento de 5 milhões para fazer renascer Teatro Variedades
Imagem cedida pela Gabriel Couto
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