
Cerca de 33,9% dos agregados pobres em Portugal têm encargos com a habitação que excedem 40% do rendimento do agregado (face a 6,6% da população não pobre). Esta é uma das conclusões do relatório anual “Portugal, Balanço Social 2023”.
Segundo o estudo, que resulta de uma parceria entre a Nova SBE, a Fundação “La Caixa”, e o BPI, a “população pobre tem carências habitacionais bastante marcadas”.
“Em 2022, 20,5% das famílias pobres viviam em alojamentos sobrelotados (face a 7,2% da população não pobre). A proporção da população com encargos habitacionais excessivos é, também, maior entre as famílias em risco de pobreza”, salientam os autores do relatório, Susana Peralta, Bruno P. Carvalho e Miguel Fonseca, membros do Nova SBE Economics for Policy Knowledge Center.
Além disso, a percentagem de pessoas pobres a viver em alojamentos sobrelotados e que consideram os custos de habitação um encargo excessivo aumentou em 1,9 pontos percentuais. Tais agravamentos “não afetam as pessoas não pobres”, de acordo com os dados do estudo.
O acesso a habitação adequada é também uma componente fundamental das condições de vida da população. A população pobre sofre de maior privação habitacional em todas as dimensões: em 2022, 35,7% dos pobres e 14% da população não pobre em Portugal revelou não ter capacidade para manter a casa adequadamente aquecida.
Quase um quarto dos idosos vive em casas com o telhado, paredes, janelas e chão permeáveis a água, e 1% vive em alojamentos sem instalações de banho/duche no interior, por exemplo.
Acompanha toda a informação imobiliária e os relatórios de dados mais atuais nas nossas newsletters diária e semanal. Também podes acompanhar o mercado imobiliário de luxo com a nossa newsletter mensal de luxo.
Para poder comentar deves entrar na tua conta