Uma sinagoga na Polónia, um complexo de piscinas na Suécia e um mosteiro medieval na Arménia estão entre os sete monumentos e sítios europeus mais ameaçados em 2025, foi anunciado esta terça-feira, dia 18 de março.
A lista foi divulgada esta terça-feira pela organização Europa Nostra e pelo Instituto do Banco Europeu de Investimento, apresentando sete monumentos e sítios que estão em risco e a necessitar de intervenção, por via de ameaças de origem distinta.
Na Dinamarca está em risco o castelo de Nyborg, fundado no século XII e “um dos mais bem preservados da Idade Média”, atualmente sob tutela estatal e que está ameaçado por “um projeto de construção invasivo”, já aprovado pelo Parlamento, para a criação de um centro de informação com alterações no edificado.
Na Suécia está em causa um complexo de piscinas de interior em Gotemburgo, que é um exemplo pioneiro da arquitetura dos anos 1950 e que está em risco de demolição por causa de um projeto municipal para um novo complexo de recintos desportivos e de entretenimento.
Na região norte da Arménia, perto da fronteira com o Azerbaijão, há um mosteiro completamente deixado ao abandono desde o século XVII, já coberto de vegetação, que a Europa Nostra incluiu na lista de monumentos ameaçados.
“O atual estado precário, decorrente das tensões geopolíticas e das alterações climáticas, requer uma intervenção imediata”, refere a organização.
Lista de monumentos e sítios ameaçados tinha 14 candidatos - um em Lisboa
Uma sinagoga fundada no século XVII em Orla, na fronteira da Polónia com a Bielorrússia, que “durante séculos representou o centro da vida da comunidade judaica” naquela localidade, necessita de obras de reabilitação para um futuro centro educativo e multicultural.
Em Monemvasia, numa ilha da Grécia praticamente colada ao continente, há um castelo cujo valor cultural e paisagístico está ameaçado pelo projeto de instalação de um teleférico.
No centro de Londres, bem próximo do Palácio de Westminster, os jardins Victoria Towers, “um oásis de sossego para deputados, moradores e turistas” está a ser “gravemente ameaçado” pelo projeto de construção de um memorial e centro de conhecimento dedicado ao Holocausto.
A estes seis monumentos e sítios ameaçados junta-se um complexo arquitetónico modernista, em Belgrado, com dois edifícios construídos entre 1953 e 1964, que poderão ser demolidos para dar lugar a projeto imobiliário de um hotel, por um investidor privado norte-americano.
Havia uma lista anterior de 14 candidatos a integrarem esta lista, da qual fazia parte o Convento e Igreja dos Paulistas, do século XVII, no centro de Lisboa, próximo do Chiado, e que necessita “urgentemente de reabilitação”.
A criação desta lista anual de sete monumentos e sítios europeus ameaçados tem sido divulgada desde 2013 pela Europa Nostra e pelo Instituto do Banco Europeu de Investimento, e conta com o apoio do programa Europa Criativa, da União Europeia, através do projeto Europa Nostra Heritage Agora (2025-2028).
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