Estas sete plantas são a solução ideal para quem quer ter um jardim bonito e resistente, mesmo com as surpresas que a primavera possa trazer.
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Buganvília
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A primavera chegou e, com a estação, renasce o desejo de transformar os nossos espaços exteriores e interiores em verdadeiros oásis de cor e vida. Este ano, a tendência aponta para uma combinação entre beleza e praticidade, com uma procura crescente por plantas que resistem às mudanças climáticas e exigem pouca manutenção. Por isso, estas 7 plantas mais resistentes para a primavera 2025, são a solução ideal para quem deseja um ambiente verde e acolhedor, mas dispõe de pouco tempo ou experiência em jardinagem.

Poto

Epipremnum aureum
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O Poto, também conhecido como jiboia ou Epipremnum aureum, é uma planta trepadeira originária do sudeste asiático, incluindo regiões como a Malásia, Indonésia e Nova Guiné. É amplamente apreciada como planta de interior devido à sua resistência, fácil manutenção e capacidade de purificar o ar. As suas folhas em forma de coração apresentam tonalidades verdes com manchas amarelas ou brancas. Na natureza, o Poto pode atingir até 20 metros de comprimento, mas em ambientes domésticos adapta-se bem a vasos suspensos ou tutores, podendo ser conduzido como planta pendente ou trepadeira.

A rega deve ser moderada, permitindo que o substrato seque entre regas para prevenir o apodrecimento das raízes. Durante os meses mais quentes, é benéfico pulverizar as folhas regularmente para manter a humidade, especialmente em ambientes secos. A temperatura ideal para o seu crescimento situa-se entre os 17°C e os 24°C, sendo sensível a temperaturas inferiores a 10°C. A poda regular ajuda a controlar o crescimento e a estimular novos rebentos, enquanto a fertilização mensal com adubo equilibrado promove um desenvolvimento saudável.

Girassol

Girassol
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O girassol (Helianthus annuus) é uma planta anual da família das Asteraceae, originária da América do Norte e Central. Caracteriza-se por apresentar grandes inflorescências amarelas, denominadas capítulos, que podem atingir até 30 cm de diâmetro. O caule é comprido e robusto, podendo alcançar entre 60 cm e 3 metros de altura, dependendo da variedade. Uma característica notável do girassol jovem é o heliotropismo: durante o crescimento, as flores seguem o movimento do sol ao longo do dia, otimizando a fotossíntese. Além do seu valor ornamental, o girassol é cultivado para a produção de óleo comestível e sementes, sendo também utilizado na alimentação animal e na produção de biodiesel.

Para cultivar girassóis, a época ideal para semear é na primavera, entre março e junho, quando as temperaturas são amenas e o risco de geadas é menor. As sementes devem ser plantadas a uma profundidade de 2,5 cm, com espaçamento de 15 a 20 cm entre elas, num solo bem drenado, fértil e rico em matéria orgânica

O girassol requer pelo menos 6 a 8 horas de luz solar direta por dia para um crescimento saudável e a rega deve ser regular, mantendo o solo húmido, mas evitando encharcamentos. É aconselhável evitar molhar as folhas durante a rega, para prevenir o aparecimento de fungos.

Trigo-sarraceno

Trigo-sarraceno
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O trigo-sarraceno (Fagopyrum esculentum), também conhecido como alforreca ou trigo-mourisco, é um pseudocereal originário da Ásia Central, amplamente cultivado pelas suas sementes nutritivas e sem glúten. Apesar do nome, não pertence à família das gramíneas como o trigo comum, mas sim à família das poligonáceas. É uma planta anual de crescimento rápido, com ciclo de vida entre 10 a 12 semanas, atingindo alturas de 75 a 125 cm. Apresenta flores pequenas, geralmente brancas ou rosadas, que atraem polinizadores e contribuem para a produção de mel escuro de sabor intenso.

Esta planta prefere solos bem drenados, leves e não compactados, com pH ligeiramente ácido, embora seja tolerante a solos pobres. A preparação adequada do solo, incluindo a eliminação de torrões e a incorporação de matéria orgânica, favorece o desenvolvimento radicular. A densidade de sementeira ideal é de aproximadamente 60 a 70 kg por hectare, garantindo uma cobertura uniforme que auxilia no controle de ervas daninhas. Durante o crescimento, é importante monitorar as condições climáticas, evitando temperaturas extremas que possam afetar a floração e a formação dos grãos.

Bambu

Bambu
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O bambu é uma planta pertencente à subfamília Bambusoideae, dentro da família das gramíneas (Poaceae ou Gramineae). Existem cerca de 1.250 espécies de bambu no mundo, distribuídas em 90 géneros, presentes de forma nativa em todos os continentes, exceto na Europa. É uma planta de crescimento rápido, com algumas espécies capazes de crescer até 25 cm por dia. O bambu tem caules lenhosos utilizados na fabricação de diversos objetos, como instrumentos musicais, móveis, cestos e até na construção civil.

Para cultivar o bambu, é importante escolher um local com boa exposição solar, pois a planta necessita de pelo menos 6 horas de luz solar direta por dia. O solo deve ser bem drenado e rico em matéria orgânica. A rega deve ser regular, mantendo o solo húmido, mas não encharcado. A poda é recomendada para remover colmos velhos ou danificados e deve ser feita a cada dois anos, preferencialmente no início da primavera e a fertilização do solo pode ser feita mensalmente com adubo orgânico.

Cactos e suculentas

Suculenta
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Os cactos e suculentas são plantas adaptadas a ambientes áridos, caracterizando-se pela capacidade de armazenar água em estruturas como folhas, caules ou raízes. Esta adaptação permite-lhes sobreviver em condições de seca prolongada. Os cactos, pertencentes à família Cactaceae, são originários das Américas e distinguem-se pelos caules espessos e espinhos que substituem as folhas, minimizando a perda de água e oferecendo proteção contra herbívoros. As suculentas abrangem diversas famílias botânicas e apresentam uma vasta gama de formas e cores, sendo populares em decoração devido à sua estética e baixa exigência de manutenção.

Para cuidar adequadamente de cactos e suculentas, é essencial proporcionar-lhes um ambiente com muita luz natural, preferencialmente luz solar direta durante várias horas por dia. O solo deve ser bem drenado, com uma mistura ideal inclui areia grossa, terra adubada e pequenas pedras, evitando o encharcamento que pode levar ao apodrecimento das raízes. A rega deve ser moderada e evita molhar as folhas ou deixar água acumulada no prato do vaso.

Sansevieria

Sansevieria
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A Sansevieria, também conhecida como Espada-de-São-Jorge, é uma planta suculenta de origem africana, pertencente atualmente ao género Dracaena. É amplamente apreciada como planta ornamental devido à sua resistência e fácil manutenção, adaptando-se bem a ambientes interiores com pouca luz e necessita, apenas, de regas esporádicas. A Sansevieria é reconhecida pelas suas propriedades purificadoras do ar, sendo capaz de remover toxinas como o benzeno e o formaldeído, conforme estudos da NASA.

A rega deve ser moderada, permitindo que o solo seque completamente entre regas, para evitar o apodrecimento das raízes e durante o inverno, a frequência de rega pode ser reduzida para uma vez por mês ou menos. O solo ideal é bem drenado, sendo recomendada uma mistura própria para suculentas. A fertilização pode ser realizada uma vez por mês durante a primavera e o verão, utilizando um fertilizante equilibrado.

Buganvílias

Buganvília
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A buganvília (Bougainvillea spp.), também conhecida como primavera, três-marias ou flor-de-papel, é uma trepadeira vigorosa e ornamental, nativa da América do Sul. Destaca-se pelas suas brácteas coloridas — frequentemente confundidas com flores — que podem ser rosa, roxas, vermelhas, laranjas ou brancas, envolvendo pequenas flores tubulares e discretas. É uma planta de crescimento rápido, ideal para cobrir muros, pérgulas ou formar sebes, podendo atingir entre 5 a 10 metros de altura. Em Portugal, adapta-se bem ao clima mediterrânico, desde que protegida de geadas severas, pois é sensível a temperaturas abaixo dos 4 °C. 

Para um cultivo saudável, a buganvília requer exposição solar direta por pelo menos seis horas diárias, sendo essencial para uma floração abundante. O solo deve ser bem drenado e, em vasos, recomenda-se uma mistura de substrato universal com perlita para evitar encharcamentos. A rega deve ser moderada e, no verão, é necessário regar uma a duas vezes por semana, conforme a planta esteja no solo ou no vaso. No inverno, reduz-se a frequência, podendo ser suficiente a água da chuva. A poda é recomendada no final do inverno ou início da primavera, removendo ramos secos ou desordenados para estimular nova floração e controlar o crescimento.

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