Mais de 360 deputados rejeitaram a moção de confiança e primeiro-ministro francês demite-se após nove meses no cargo.
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François Bayrou
François Bayrou, ainda primeiro-ministro de França Getty images

O primeiro-ministro francês, François Bayrou, perdeu esta segunda-feira, dia 8 de setembro de 2025, por ampla margem a moção de confiança que havia convocado na Assembleia Nacional, e deverá apresentar a demissão hoje, dia 9 de setembro de 2025, após apenas nove meses no cargo.

Um total de 364 deputados rejeitou a moção, enquanto 194 votaram a favor, forçando a queda do Governo liderado por Bayrou. Foi a primeira vez na história da Quinta República que um executivo caiu durante uma moção de confiança, segundo a presidente da Assembleia Nacional, Yaël Braun-Pivet.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, reagiu em comunicado do Palácio do Eliseu, assegurando que nomeará um novo primeiro-ministro “nos próximos dias”. O chefe de Estado receberá Bayrou esta terça-feira para formalizar a demissão.

A queda do Governo deveu-se à falta de apoio à proposta de orçamento do Estado para 2026, que previa 44 mil milhões de euros de poupanças para reduzir a dívida pública. O Partido Socialista considerou o momento “bastante grave” e a França Insubmissa (LFI, esquerda radical) saudou o resultado, anunciando para a próxima semana a apresentação de uma moção de destituição contra Macron.

Para Mathilde Panot, líder parlamentar da LFI, o facto de quase dois terços dos deputados terem votado contra demonstra que “a política macronista é minoritária tanto na Assembleia como no país”.

Com a popularidade em queda e manifestações de grande escala no horizonte, Macron terá agora de decidir entre escolher um primeiro-ministro de direita ou do centro que consiga o apoio socialista – partido que se declara pronto para governar – ou arriscar eleições antecipadas, cenário que poderá agravar a crise política.

Desde o início do segundo mandato de Macron, em maio de 2022, a França conheceu já quatro chefes de governo: Elisabeth Borne, Gabriel Attal, Michel Barnier e François Bayrou, que agora se prepara para abandonar o cargo após nove meses.

*Com Lusa

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