Financiamento do braço privado do Banco Mundial apoia projetos mineiros e ferroviários em vários países africanos.
Comentários: 0
Mota-Engil
Créditos: imagem retirada do site oficial da empresa Mota-Engil
Lusa
Lusa

A construtora portuguesa Mota-Engil anunciou esta terça-feira, dia 23 de dezembro de 2025, que assegurou um financiamento de 214 milhões de dólares (181 milhões de euros à taxa de câmbio atual) da Corporação Financeira Internacional (IFC), o braço do Banco Mundial para o setor privado, para apoiar as operações em África.

"O financiamento [de um valor equivalente a 181 milhões de euros] apoiará a expansão e execução de projetos mineiros transformadores na África do Sul, Senegal e Guiné, bem como grandes projetos ferroviários, incluindo o corredor ferroviário Kano–Maradi na Nigéria e o corredor ferroviário do Lobito, em Angola, ao mesmo tempo que fortalece as operações mais amplas da Mota-Engil em todo o continente", lê-se no comunicado enviado à Lusa.

No texto, a Mota-Engil acrescenta que "o novo financiamento permitirá adquirir equipamentos de construção e mineração de última geração, aumentando a eficiência operacional e integrando a sustentabilidade, um pilar estratégico central, em todas as fases da execução do projeto".

Citado no comunicado, o presidente do conselho de administração e diretor executivo da Mota-Engil, Carlos Mota Santos, afirma que "ter um parceiro de longo prazo do calibre da IFC traz não só força financeira, mas, acima de tudo, adicionalidade estratégica, desde a sua experiência em desenvolvimento até aos padrões ambientais e sociais, e a sua capacidade de catalisar mais investimento nas operações e iniciativas da Mota-Engil".

No comunicado, o diretor-geral da IFC afirma, por seu turno, que a parceria com a empresa portuguesa, presente em África há mais de 80 anos, "reforça a sua capacidade de mobilizar capital internacional para projetos complexos e de grande escala que proporcionam valor económico duradouro e impacto social positivo", acrescentando que esta parceria "ajudará a desbloquear o potencial de África ao financiar equipamentos críticos para operações ferroviárias e mineiras, impulsionando o comércio, criando empregos e fortalecendo a integração regional".

Entre os vários projetos, Makhtar Diop destacou o corredor do Lobito, uma iniciativa que vai ligar o porto do Lobito às províncias ricas em minérios da República Democrática do Congo e da Zâmbia, através da restauração e expansão de uma linha férrea já existente.

"Restaurar o corredor ferroviário da República Democrática do Congo até ao Porto do Lobito, em Angola, é uma oportunidade transformadora; um corredor revitalizado pode reduzir os custos de transporte, catalisar uma atividade económica diversificada e ligar a região de forma mais competitiva aos mercados globais", concluiu o responsável.

Acompanha toda a informação imobiliária e os relatórios de dados mais atuais nas nossas newsletters diária e semanal. Também podes acompanhar o mercado imobiliário de luxo com a nossa newsletter mensal de luxo.

Segue o idealista/news no canal de Whatsapp

Whatsapp idealista/news Portugal
Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta