
Todas as quintas-feiras abrimos as portas de uma casa de sonho. E desta vez viajamos até ao Parque Natural da Arrábida para conhecer uma moradia localizada na Serra do Louro. Entre a modernidade a tradição, esta casa foi construída no ponto mais elevado do terreno, onde anteriormente existia uma ruína em avançado estado de degradação. O exterior curioso é a “porta de entrada” para um interior que surpreende.

“Esta construção foi demolida e as pedras provenientes das antigas paredes de alvenaria foram reaproveitadas para construir os muros de vedação, enquadrando a intervenção no contexto rural envolvente”, explica o arquiteto João Completo, do atelier Cimbre.

Além disso, e para tirar partido da orientação solar e da vista sobre a paisagem protegida da serra, a casa abre-se predominantemente para sul. As paredes, com 2,4 metros de altura, prolongam os compartimentos para além do perímetro da cobertura regular de quatro águas que sobre elas se apoia, criando espaços exteriores com diferentes níveis de intimidade.

“Desta forma, é garantida a privacidade em relação à proximidade da rua a norte e do terreno adjacente a poente, permitindo, ao mesmo tempo, a entrada de luz natural através de grandes vãos envidraçados”, lê-se ainda.

O carácter tectónico da construção é enfatizado pela escolha de materiais. O conforto da madeira de bétula nos tetos interiores contrasta com a presença impositiva do betão aparente nas paredes que confere uma leitura coerente a toda a casa.

No exterior, o betão, o zinco natural na cobertura e a capa de alumínio que protege as caixilharias asseguram que a “casa vai envelhecer naturalmente e com pouca manutenção”.
Para dar resposta às necessidades da família, a área social ocupa o centro da casa, funcionando como ponto de encontro que separa os dois polos de maior intimidade.
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