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Vistos Gold: “Mudaremos o regime fiscal se deixar de ser competitivo para os investidores”
GTRES

O aumento de impostos para os portugueses tem vindo a ser equacionado pelo Governo, devido aos graves problemas das contas públicas nacionais. Mas o regime fiscal em vigor para os investidores estrangeiros que investem em imobiliário em Portugal não está em risco. E até pode vir a ser melhorado. O anúncio é feito pelo secretário de Estado do Turismo, em entrevista ao idealista News PT.

Estamos satisfeitos com o regime fiscal, mas por exemplo, se deixar de ser competitivo temos de afiná-lo para que se mantenha. E o mesmo poderia dizer para tudo aquilo que influi na decisão de alguém vir viver ou investir em Portugal”, afirma Adolfo Mesquita Nunes.

O governante garante que nem o défice coloca em causa o regime fiscal para estrangeiros. “Esta estratégia é uma opção política do Governo e é para continuar, porque tem um retorno muito significativo e contribui para a dinamização do setor imobiliário, ajudando a superar os difíceis tempos por que passou”.  O regime atual garante uma estabilidade por 10 anos. “Mas nem sequer para os novos isso está em causa. A vontade é para manter este regime”, assegura o secretário de Estado do Turismo.

O responsável acredita que o programa dos Vistos Gold está a ter mais sucesso em Portugal que na vizinha Espanha por vários motivos. “Começámos mais cedo e por outro lado acho que tivemos uma estratégia mais bem orientada para os mercados certos. O nosso programa é um pouco mais competitivo. Depois há condições bastante diferentes na aquisição de um imóvel. O nosso mercado não teve uma bolha imobiliária como teve Espanha, por exemplo.  A queda de preços foi normal, tendo em conta a evolução natural do mercado. Não se assistiram a grandes flutuações”.

Para já, Adolfo Mesquita Nunes, que gosta de ver Portugal a ser classificado no estrangeiro como o “novo El Dorado da Europa”, diz que ainda é cedo para avaliar se a nova estratégia do Governo está a ter efeitos nas quotas de turismo residencial a nível europeu. “Um ano é sempre insuficiente para fazer esse tipo de análises. Partimos de uma quota de mercado de 5%, em comparação com Espanha que tem 50%, por isso creio que ainda temos um longo caminho pela frente para atingirmos um equilíbrio proporcional ao que temos com o turismo em geral”.

De acordo com o secretário de Estado do Turismo, “a nível global, Portugal está, por exemplo, a crescer ao triplo do ritmo de Espanha”. “[Espero que] um dia possamos demonstrar que crescemos a esses níveis no turismo residencial”.

Vistos Gold: “Mudaremos o regime fiscal se deixar de ser competitivo para os investidores”

Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo.

 

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