Edifícios devolutos

portugal esteve representado no 11º encontro europeu de pessoas em situação de pobreza – decorreu em maio, em bruxelas, e teve como tema “os sem-abrigo e o direito à habitação num contexto de crise” – por quatro delegados da rede europeia anti-pobreza (eapn), que relataram situações de carência e de

o vereador da reabilitação urbana da câmara municipal de lisboa (cml), manuel salgado, revelou que existem na capital cerca 55 mil edifícios, sendo que 12 mil estão a precisar de obras, o que representa um investimento na ordem dos oito mil milhões de euros.

o ministério da justiça já poupou cerca de seis milhões de euros com a rescisão de contratos de arrendamento e com a renegociação de rendas.

existem em lisboa 304 edifícios de escritórios que não estão ocupados, o equivalente a 548 mil m2. dos espaços por ocupar, que podem ser arrendados ou vendidos, 217 mil m2 (90 edifícios) nunca chegaram a ter “dono” enquanto 331 mil m2 (214 edifícios) já foram usados.

assunção cristas, ministra da agricultura, do mar, do ambiente e do ordenamento do território, revelou que existem cerca de 700 mil casas devolutas no país, estimando que a procura anual deverá ser de um décimo desse volume.

em lisboa existem 7.085 prédios em ruínas, mau estado ou devolutos. segundo o jornal de negócios, o objectivo passa por recuperá-los todos em 13 anos através de diferentes mecanismos, como a venda forçada, o que deixa em sobressalto os proprietários.

dos sete milhões de fogos que existem em portugal, há pelo menos 800 mil quenecessitam de obras urgentes, sendo que, destes, 325 mil encontram-se já em elevado nível de degradação, revela o jornal de negócios (jdn).