Falências

o sector da construção e do imobiliário pode perder 12 mil empresas este ano. a garantia foi dada por reis campos, presidente da associação dos industriais da construção civil e obras públicas (aiccopn), no parlamento.

várias associações da construção estarão esta terça-feira (dia 6) no parlamento a responder às perguntas dos deputados da comissão parlamentar de economia e obras públicas sobre o sector, que pode perder entre 50 a 60 mil trabalhadores até setembro.

nos dois primeiros meses deste ano registaram-se 973 insolvências em portugal, um crescimento de 47,8% face aos 658 processos deste género identificados em janeiro e fevereiro do ano passado.

o presidente do sindicato da construção, albano ribeiro, referiu que, a partir de junho, o mais tardar, vai haver “uma romaria” de insolvências no sector da construção.

o sector da construção vive uma situação de risco e os números do desemprego provam-no. as associações sectoriais têm reclamado nos últimos meses medidas de excepção, contudo a opinião generalizada é que nada está a ser feito para salvar as empresas do sector.

os trabalhadores da construtora fdo impediram esta quarta-feira a entrada e saída de viaturas na sede do grupo, em sequeira, braga, uma “vigilância” que se manteve durante a noite para evitar a retirada de património, informou fonte sindical“só estão a deixar entrar camiões da empresa que venham car

em entrevista ao jornal i, luís lima, vice-presidente da confederação portuguesa de construtores e do imobiliário (cpci) afirma que até ao fim do ano, metade das empresas de construção vão desaparecer e 120 mil pessoas vão para o desemprego.

a federação da indústria de construção e obras públicas (fepicop) pediu formalmente ao governo que o sector seja declarado “em reestruturação”.

os portos nacionais vão parar a partir de segunda-feira, dia 9, depois de a confederação dos sindicatos marítimos e portuários (fesmarpor) ter convocado uma greve total de cinco dias que terá impactos em todo o país.

comprar casa é, para muitos portugueses, cada vez mais complicado. os preços são elevados e, numa época em que crise, austeridade e “troika” são as palavras mais ouvidas, o investimento em habitação fica para segundo plano.

o sector da construção em portugal é dos mais afectados pela crise, mas o cenário pode piorar ainda mais. em causa está o fim dos trabalhos previstos pela parque escolar.

entre janeiro e março, período em que se reinstalou a recessão em portugal, encerraram cerca de cinco mil empresas no país, mais 23% face ao mesmo período do ano passado. a habitação foi uma das áreas que mais sentiu o efeito da crise, visto que desapareceram 720 imobiliárias.

entre 2008 e 2010, houve muitos empresários, comerciantes e industriais que deixaram de pagar a renda dos espaços que tinham arrendados para exercer o seu negócio.

o sector da construção e dos materiais de construção é dos que mais se tem ressentido com a crise, tendo liderado o ranking de insolvências em portugal no primeiro semestre do ano, representando 26% do total a nível nacional – 594 casos.

a crise no sector da construção e imobiliário levou à insolvência de cerca de 30% das empresas de comercialização de materiais de construção.

a crise que se faz sentir no sector da construção está a deixar marcas. segundo o público, que se baseia em dados da associação das empresas de construção, obras públicas e serviços (aecops), quase mil empresas (970) do sector encerraram no ano passado.