Vencimentos

A Autoridade Tributária (AT) emitiu 2.070.315 ordens de penhora no ano passado, o maior registo verificado desde 2005, tendo os pedidos incidido sobretudo em créditos, contas bancárias e produtos financeiros e salários.

O setor da construção mergulhou numa enorme crise e está a sentir dificuldades para recuperar e vir à tona. A comprová-lo estão os números.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou um relatório, esta quarta-feira (dia 13), sobre a oitava e nona avaliações ao programa de ajustamento português.

A crise parece ter vindo para ficar. Aumenta o desemprego e há cada vez mais portugueses a emigrarem, sendo que a economia nacional sofreu em 2012 a mais profunda recessão desde 1975. Mas há no País, paralelamente, mais milionários, que também viram as fortunas engordar.

em apenas dois anos, cerca de quatro em cada dez trabalhadores portugueses que mantiveram o mesmo emprego sofreram pelo menos um corte salarial.

os salários em portugal baixaram em 2013 pelo segundo ano seguido. segundo um estudo da consultora mercer, cerca de 31% das empresas congelaram os ordenados.

nas profissões comuns ao sector público e privado, a maioria dos trabalhadores das administrações públicas (57%) é melhor remunerada. uma diferença que é ainda mais acentuada em sectores como educação e saúde.

o fisco marcou a penhora de 471.011 salários no ano passado a contribuintes com dívidas às finanças, mais do dobro do registado em 2011, em que o total de penhoras de vencimentos marcadas foi de 210.833.

boa parte dos contribuintes vai manter o habitual reembolso do irs quando chegar o momento de fazer o acerto de contas anual do imposto. no caso dos funcionários públicos, muitos até deverão receber no próximo ano um cheque mais “recheado” das finanças.

as novas tabelas de retenção na fonte do irs foram publicadas esta segunda-feira à noite em diário da república e entram hoje (dia 15) em vigor, confirmando-se que o valor do imposto vai subir de forma acentuada, começando o agravamento a sentir-se nos salários acima dos 595 euros mensais.

o ministério das saúde (ms) reduziu em 14% o número de horas extraordinárias em 2011, o que significa um corte de 250 milhões de euros face a 2010.

venda da rtp só será discutida em janeiro: a decisão sobre o futuro da rtp poderá ser adiada até janeiro do próximo ano.

o executivo admite pedir autorização à “troika” para aumentar 15 euros o salário mínimo nacional (smn), subindo-o para os 500 euros acordados em 2011 em sede de negociação colectiva com o anterior governo socialista.

há cada vez mais trabalhadores e empresas que não recebem a tempo e horas. segundo dados da autoridade para as condições de trabalho (act), o número de funcionários e companhias com salários em atraso mais que duplicou nos primeiros nove meses do ano, quando comparado com o mesmo período de 2011.

desde 2005 que o peso dos salários da função pública no produto interno bruto (pib) tem vindo a descer, apesar de se ter assistido a uma subida efémera em 2009.

com a subida da taxa social (tsu) única para 18%, portugal entra no top cinco dos países onde a carga fiscal sobre os salários é maior.

existem em portugal quase 153 mil trabalhadores por conta de outrem que ganham menos de 310 euros líquidos por mês, sendo que o número aumentou 9,4% num ano.

fonte: the economisto futebol gira em torno de milhões, com os jogadores a estarem sempre no centro das atenções, devido aos elevados ordenados auferidos. o gráfico em cima demonstra a evolução ao longo dos anos do total de salários pagos em cinco campeonatos diferentes: os que gerem mais dinheiro.

portugal foi o país da zona euro que mais reduziu a factura com a massa salarial da função pública em 2011.

mais de 100 mil pessoas têm os ordenados penhorados. de acordo com a lei, um terço do vencimento dos contribuintes pode ser penhorado, o que tem permitido ao governo recuperar cerca de 13 milhões de euros todos os meses.

em declarações aos jornalistas em brasília, depois do encontro de ontem com a presidente brasileira dilma rousseff, o primeiro-ministro português, pedro passos coelho reafirmou que os cortes nos subsídios de natal e de férias são temporários, mas não excluiu a possibilidade de a função pública passa