
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou um relatório, esta quarta-feira (dia 13), sobre a oitava e nona avaliações ao programa de ajustamento português. No mesmo, a entidade faz algumas recomendações a Portugal, sendo que ainda há riscos que devem ser tidos em conta.
De acordo com o Dinheiro Vivo, são sete os pontos que o País deve ter em conta no futuro, sendo que os salários, o setor bancário e elétrico, os riscos políticos, as reformas estruturais e o apoio externo são essenciais para que se possa sair da crise.
As sete recomendações do FMI são as seguintes:
- Redução de salários. Uma maior “flexibilização de ordenados” iria aumentar a criação de postos de trabalho, particularmente nos empregos com rendimentos mais baixos.
- Tribunal Constitucional. Os possíveis chumbos “aumentam os riscos de recuperação do crescimento e do emprego, por levarem a uma quebra no investimento e confiança, mas também por levarem à renovação da instabilidade política”.
- Riscos políticos. As divergências na coligação governamental devido à fatiga das medidas de austeridade são uma “preocupação relevante”, pelo que “novas tensões devem ser evitadas”.
- Bancos. Devem aumentar os seus esforços de reestruturação, recomenda o FMI, salientando que “as condições de capital e liquidez do sistema bancário permanecem adequadas”, mas que “os bancos estão a operar num ambiente desafiante, que prejudica os lucros".
- Reformas estruturais. São para continuar, como no caso do controlo de custos no setor da saúde; reestruturação do setor empresarial do Estado; redução de custos nas Parcerias Público Privadas (PPP); implementação da lei no controlo de custos.
- Setor elétrico. As autoridades devem fazer mais “para melhorar a sustentabilidade do sistema elétrico nacional, prevenindo, ao mesmo tempo, aumentos excessivos de preços” que colocariam em risco a competitividade do país, aponta o FMI.
- Ser bom aluno só não chega. “As reformas institucionais e fortes políticas institucionais, ao nível da zona euro, são essenciais para ajudar Portugal a aguentar possíveis choques”, avisa o FMI.
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