Os lisboetas fazem parte do grupo de cidadãos de oito cidades europeias que, ouvidos num inquérito, defenderam “não dever haver limitações ao crescimento do turismo”. Apenas uma pequena percentagem, segundo o relatório da Organização Mundial do Turismo (OMT), é que considerou que o desenvolvimento deste setor deve ser travado.
Em causa está o relatório “Overtourism? Understanding and managing urban tourism growth beyond perceptions”, no qual a OMT dá conta de um trabalho sobre o setor que fez num total de 18 cidades, incluindo entrevistas em oito locais: Amesterdão, Barcelona, Berlim, Copenhaga, Lisboa, Munique, Salzburgo e Talin.
“Tourismofobia” já é uma realidade
Segundo a investigação levada a cabo para este relatório, a maioria das pessoas entrevistadas (nestas cidades) acha que “não deve haver limitações ao crescimento do número de visitantes” e só “uma pequena percentagem considera que o desenvolvimento e ‘marketing’ do turismo devem ser travados”, escreve a Lusa.
Segundo a a OMT, entre as características mais positivas do impacto do turismo estão “uma maior atmosfera internacional; mais eventos; uma imagem mais positiva; a proteção de zonas históricas da cidade; a reabilitação da arquitetura tradicional”.
Ainda assim os residentes nestas cidades veem de forma negativa o “aumento do preço das casas, dos custos dos táxis, dos preços nas lojas, restaurantes e cafés e dos transportes públicos”. A agência reconhece que em alguns locais o turismo tem causado resistência, com o aparecimento de termos como “overtourism [excesso de turismo]” e “tourismofobia”.
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