Entre a magia e o mito: assim é o “Castelo do Drácula” na Roménia

É um dos castelos mais bonitos da Europa, e o monumento mais popular da Roménia. O Castelo de Bran, também conhecido como o “Castelo do Drácula”, situa-se na fronteira entre a Transilvânia e a Valáquia, e é um dos principais pontos turísticos deste país. Apesar de ser muito famoso entre os aficionados pela literatura vampírica, é também um lugar mágico que reúne peças de arte e mobiliário colecionados pela Rainha Maria.

http://www.bran-castle.com/

Este importante monumento nacional serviu de inspiração à residência da personagem que dá título ao romance do escritor Bram Stoker. Esta personagem, Drácula, é um Conde da Transilvânia com um castelo localizado no alto de um vale empoleirado numa rocha. Como o Castelo de Bran é o único castelo em toda a Transilvânia que realmente se encaixa na descrição de Bram Stoker, ficou também conhecido em todo o mundo como “Castelo do Drácula”. Um dado curioso é que Bram Stoker nunca visitou a Roménia. Ele retratou o castelo imaginário do Drácula com base numa descrição que leu deste monumento.

Drácula – como é percebido hoje – é uma personagem fictícia cujo nome deriva da denominação dada a Vlad Tepes, o governante da Valáquia de 1456-1462 e 1476, e que, por motivos em grande parte políticos, foi retratado por alguns historiadores da época como um déspota implacável sedento de sangue. O resto do mito de Drácula deriva das lendas e crenças populares em fantasmas e vampiros predominantes em toda a Transilvânia.

http://www.bran-castle.com/

Nas aldeias próximas a Bran, há uma crença na existência de espíritos malignos chamados fantasmas ou “steregoi” (uma variante de “strigoi”). Até meio século atrás, acreditava-se que existiam certas pessoas vivas – “strigoi” – que levavam uma vida normal durante o dia, mas à noite, durante o sono, as suas almas deixavam o corpo e assombravam a aldeia.

http://www.bran-castle.com/

Castelo de Bran foi residência da Rainha D.Maria

Depois de 1918, a Transilvânia tornou-se parte da Grande Roménia. A 1 de dezembro de 1920, os cidadãos de Brașov, por decisão unânime do conselho da cidade, liderado pelo prefeito Karl Schnell, ofereceram o castelo à rainha Maria da Roménia, que foi descrita na escritura como “a grande rainha que (…) a sua bênção por onde passou, conquistando assim, com um impulso irresistível, os corações de toda a população do país”.

O Castelo tornou-se a residência preferida da Rainha D. Maria, que o restaurou e arranjou para ser usado como residência da família real.

Hoje em dia, o castelo está aberto ao público:

Época baixa (de 1 de outubro a 31 de março)