
Há poucos anos contavam-se pelos dedos de uma mão os 'hostels' localizados em Faro, mas o número tem vindo a crescer e aproxima-se agora de uma dezena, no que é considerado um 'boom' local que atrai novos turistas.
Na Casa d'Alagoa, assumido como o primeiro destes estabelecimentos de alojamento a abrir em Faro, Diogo Perry, um dos gerentes, em declarações à Lusa e citado pela TSF, que ao fim do primeiro ano, em 2011, já havia três na cidade, no que se veio a revelar rapidamente uma "moda": «Neste momento, qualquer pessoa com um apartamento de três quartos já tem um 'hostel'».
Ainda assim, Nuno Fernandes, o outro sócio daquele espaço, sublinha que «é importante que haja outros 'hostels' para dinamizar o destino», acrescentando que este ano têm registado, no verão, uma taxa de ocupação «atípica», de metade da de julho do ano passado, com as possíveis razões a irem do Campeonato Mundial de futebol à entrada da Ryanair em Lisboa.
Por seu lado, Jorge Guiomar, responsável pelo que é talvez o mais recente 'hostel' da capital do Algarve, de nome FaroWay e aberto esta semana, realizou um estudo para analisar a ocupação turística local e apercebeu-se de "um aumento de turistas, que já não viram à esquerda na [Estrada Nacional] 125" em direção a Vilamoura, Albufeira ou Lagos.
O presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, sublinha a ideia de que os novos estabelecimentos têm "um público específico", o que faz com que a existência de «quase uma dezena de 'hostels' na cidade tenha trazido [a Faro] um determinado tipo de público, que é um público ótimo, jovem, com condições financeiras, que fica vários dias na cidade e traz retorno económico tanto para o 'hostel' em si como para a economia do concelho».
Nuno Fernandes refere que «o perfil do viajante de 'hostel' é muito sensível ao preço», mesmo que seja uma alteração entre os cinco e os 10 euros.
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